Sábado, 18 de Maio de 2024

Home Tecnologia Pesquisa revela o perfil dos investidores globais de criptomoedas

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Os jovens são a maior parte dos investidores de criptomoedas, de acordo com dados levantados pelo cryptobank Monnos. A plataforma tem mais de 45 mil usuários, espalhados por 118 países – entre estes, 67% estão na faixa etária entre 18 e 25 anos.

O perfil dos interessados por criptoativos na Monnos é muito mais jovem que o encontrado no mercado financeiro tradicional. Na B3, por exemplo, a maior parte do público tem entre 26 e 35 anos (33,4%), seguido por adultos entre 36 e 45 anos (28,2%). Os investidores mais jovens, entre 16 e 25 anos, são apenas 12% dos CPFs da bolsa brasileira.

Ainda que mais lenta do que no mundo dos ativos digitais, há uma transformação acontecendo no perfil do investidor do mercado tradicional. De acordo com uma pesquisa realizada em fevereiro pela B3, a pedido do Estadão, a idade média do investidor pessoa física recuou 11 anos entre 2016 e 2021, passando de 48,7 anos para 37,9 anos.

Para Rodrigo Soeiro, fundador da plataforma, os criptoativos estão ajudando a romper o conservadorismo do mercado de investimentos. “Estamos vivendo uma ruptura geracional e poucos percebem o que está por vir. A criptoeconomia é a próxima fronteira do cenário financeiro e os jovens já sabem disso, tanto que é um público que sequer olha para as bolsas de valores”, explica Soeiro.

Na visão do especialista, o mercado de criptos atrai o jovem não só pelas altas rentabilidades, mas pelos ativos estarem atrelados a setores que têm naturalmente o engajamento desse público – como o segmento de games e tecnologia.

Em 12 meses, o volume de negociação da gamecoin (criptomoeda oriunda de jogos) Axie Infinity saltou mais de 1000%, de US$ 28,2 milhões para US$ 324,4 milhões, segundo dados da CoinGecko. É importante ressaltar que altas rentabilidades também trazem altos níveis de risco.

“A criptoeconomia é uma revolução que começou no setor financeiro, mas começa a dragar novos setores, como entretenimento, games, moda, bebidas, entre outros”, afirma Soeiro. “Podemos dizer que a criptoeconomia tende a crescer na mesma proporção que o engajamento dos jovens por ela.”

Estrutura regulatória

O Banco da Inglaterra (BoE) começou a esboçar a primeira estrutura regulatória do Reino Unido para criptoativos, dizendo que embora o setor permaneça pequeno seu rápido crescimento pode representar riscos para a estabilidade financeira no futuro se não for regulamentado.

Criptomoedas têm estado no foco das autoridades em meio a preocupações de que possam ser usadas para contornar sanções impostas contra a Rússia desde o início da invasão à Ucrânia.

“Apesar de criptoativos provavelmente não serem capazes de fornecerem uma forma viável de contornar as sanções em escala atualmente, a possibilidade de existência de tal comportamento ressalta a importância em assegurar que a inovação em criptomoedas seja acompanhada por políticas públicas efetivas”, afirmou o Comitê de Política Financeira do Banco da Inglaterra em comunicado nesta quinta-feira (24).

A regulamentação para o setor deve ser baseada na “equivalência”, o que significa que os serviços financeiros relacionados a criptomoedas que desempenham uma função semelhante aos serviços financeiros existentes devem estar sujeitos às mesmas leis, disse o comitê.

Até que os criptoativos sejam totalmente colocados sob a rede regulatória, o BoE está se concentrando em garantir que os riscos sejam controlados no setor bancário. O vice-presidente do BoE, Sam Woods, escreveu às instituições financeiras nesta quinta, observando aumento do interesse de bancos e empresas de investimento no setor.

Os riscos das criptomoedas devem ser “considerados totalmente” pelos conselhos dos bancos e eles provavelmente precisarão adaptar estratégias e sistemas de gerenciamento de risco existentes, disse Woods.

O comitê disse ainda que uma grande stablecoin, ou seja, um criptoativo lastreado por uma moeda fiduciária ou outro ativo, ainda pode “atender às suas expectativas”, desde que haja uma regulamentação e estrutura para mitigar os riscos.

O BoE e a Autoridade de Conduta Financeira realizarão mais trabalhos sobre regras para stablecoins e realizar consultas sobre um “modelo” regulatório para elas em 2023, disse o comitê.

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