Sexta-feira, 04 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 31 de julho de 2024
O total de crimes de estelionato (enganar para obter vantagem econômica indevida), especialmente aquele praticado por meio virtual, cresceu 8,2% no Brasil no ano passado em comparação com 2022, somando quase dois milhões de pessoas vítimas de algum tipo de golpe, segundo a mais recente edição do Anuário da Segurança Pública, divulgado este mês pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O crescimento é ainda maior quando se trata de crimes de estelionato por meio eletrônico: houve um aumento de 13,6% em 2003 em relação ao ano anterior.
Diante deste cenário, a reportagem selecionou alguns golpes que têm sido aplicado em massa recentemente, como a fraude do Pix errado e golpe do funcionário falso, além de dicas para se proteger.
Veja:
* Golpe do “Pix Errado”
Neste tipo de fraude, golpistas fazem um Pix para a possível vítima, normalmente para um número de celular, e entram contato dizendo que fizeram um “Pix Errado”. Eles sugerem então que a vítima faça a devolução – mas para uma conta diferente da conta de origem do dinheiro. A partir do momento que a vítima decide fazer o Pix, ela caiu no golpe. O golpista utiliza uma ferramenta criada justamente para coibir golpes, o Mecanismo Especial de Devolução (Med), que foi criado para facilitar as devoluções em casos de fraudes. Os criminoso acionam o procedimento, alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima.
* Golpe do funcionário falso
Há o caso em que golpista entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário de banco ou empresa. Ele “informa” que a conta da vítima foi invadida, clonada ou teve algum outro problema. Então, solicita os dados pessoas e financeiros da vítima. O golpe pode ocorrer pro WhatsApp ou ligação telefônica e com diversas estratégias. O criminoso pode oferecer ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix ou ainda dizer que precisa fazer um teste com o sistema para supostamente regularizar seu cadastro. Ao ceder seus dados, a vítima acaba exposta a crimes financeiros.
* Golpe da confirmação de compra
Entre os inúmeros golpes envolvendo falsas centrais de atendimento de bancos, há o golpe que pede a confirmação de uma suposta compra. Em uma ligação ou mensagem de texto, golpistas pedem que o cliente de um banco confirme uma compra em determinada loja. A vítima suspeita da compra, que normalmente é apresentada pelos criminosos como sendo de alto valor. Assim, a pessoa é levada a pedir para ser redirecionada para um falso atendente do banco, que supostamente irá resolver o problema por uma central 0800.
Tanto a compra como a central de atendimento são falsas. Ao ligar para a falsa central, o golpista diz que a transação está em análise e que por isso ainda não aparece na fatura do cliente. Na conversa com o falso atendente, a vítima é induzida a fornecer informações confidenciais, como senhas e números de cartões, ou a realizar transações financeiras para o golpista com o fim de evitar a suposta fraude.
* Golpes em sites falsos do Simples Nacional
Sites fraudulentos têm se passado pelo Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional – Microempreendedor Individual (PGMEI). De acordo com a Receita Federal esses sites direcionam os usuários para sistemas que imitam o programa gerador de guias do MEI, mas emitem documentos falsos de arrecadação – ou seja, o dinheiro cai na conta dos criminosos, causando prejuízos financeiros aos contribuintes. O órgão orienta para que todos certifiquem-se de acessar os canais oficiais para gerar documentos do PGMEI ou para acessar outros serviços. O domínio de acesso ao serviço deve conter receita.fazenda.gov.br no link.
Prevenção
* Evite clicar em links estranhos enviados por WhatsApp, SMS ou e-mail.
* Utilize senhas fortes em seus dispositivos, a autenticação de dois fatores e nunca passe para terceiros. Essas medidas evitam que as contas em redes, como WhatsApp, sejam clonadas e utilizadas por golpistas para que apliquem golpes em parentes e amigos.
* Verifique se o site em que deseja realizar a compra possui o certificado digital, ou seja, links que comecem com o “https”.
* Evite passar dados pessoais por ligação. Os criminosos utilizam essas informações para enviar links falsos na tentativa de aplicar golpes.
* Monitore seu CPF regularmente para saber se não há registros. Dessa forma, o consumidor consegue saber de forma mais rápido se o seu nome está sendo usado por terceiros.
* Verifique os comentários de outros consumidores. O consumidor pode conferir a reputação da empresa por meio de sites, como o Reclame Aqui.
* Desconfie de ofertas com grandes diferenças de preços e últimos itens no estoque.
* Verifique se os dados da empresa, como razão social e CNPJ, estão corretos em boletos bancários e antes de finalizar transações via Pix.
* Desconfie de produtos e serviços oferecidos por páginas de redes sociais sem selo autenticação e baixo número de seguidores.
* Evite pagamentos fora da página em que os produtos e serviços foram escolhidos. Os criminosos fazem isso para evitar o bloqueio da transferência do dinheiro depois de uma denúncia.
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