Domingo, 26 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 26 de outubro de 2025
A PF (Polícia Federal) definiu o plano de ação para a segurança da COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.
Iniciadas desde 1º de outubro, na capital paraense, as ações da corporação têm o objetivo de garantir a proteção de um número recorde de delegações internacionais e, ao mesmo tempo, assegurar o exercício da liberdade de expressão.
Eixos de atuação
O planejamento da PF diante dos desafios de segurança e logística para a COP30, concentram-se em três eixos: diplomacia e recorde de delegações: a complexidade da agenda climática e a expectativa de um número recorde de delegações com visões antagônicas exigem um esquema de segurança adaptado e especial para autoridades e uma articulação geopolítica intensa.
Logística reforçada: abrange o reforço na imigração, na fiscalização de portos (como o de Outeiro, que receberá navios de cruzeiro) e a segurança aeroportuária, incluindo a atuação na Base Aérea de Belém, por onde as autoridades de diversos países chegarão ao território brasileiro; liberdade de manifestação: a conferência de Belém será um palco central para a livre manifestação de povos originários e movimentos sociais. A Polícia Federal atuará para proteger os participantes, estabelecer perímetros e garantir uma “convivência harmônica” entre os segmentos sociais, sem prejudicar o funcionamento regular da cidade.
Efetivo policial
Para enfrentar a complexidade do evento, a Polícia Federal já recrutou aproximadamente 1,2 mil servidores, entre policiais e administrativos. O esquema de segurança também inclui o emprego de equipes dedicadas no aeroporto e no Porto de Outeiro, com atividades diárias, além de capacidades investigativas para prevenção de crimes cibernéticos e de terrorismo.A estrutura envolve, ainda, varreduras e contramedidas anti-bombas.
Livre debate
No evento de visibilidade internacional, a instituição policial explica que a conferência – realizada pela primeira vez na Amazônia brasileira – virá após edições realizadas em países com maiores restrições às liberdades civis. “A PF destaca o Brasil se consolida como o principal palco dos últimos cinco anos para a livre manifestação de povos originários”, diz a nota da entidade.
Os cidades-sede das últimas COP (Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) foram: em 2024, Baku, no Azerbaijão, sediou a COP29; em 2023, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sediou a COP28; em 2022, Sharm el-Sheikh, no Egito, sediou a COP27; em 2021, Glasgow, na Escócia, sediou a COP26.
Aldeia COP
De olho na importância da presença e do saber dos povos tradicionais nas negociações climáticas, o governo brasileiro também organizou uma “Aldeia COP” para receber povos indígenas do Brasil e de todo o mundo durante a COP30.
A área total de 72.695 m², com área construída de 14.903,81 m², foi montada na Universidade Federal do Pará. Desde setembro, o espaço é destinado ao acampamento e à realização de atividades culturais, políticas e espirituais.
A Aldeia COP é coordenada pelo Ministério dos Povos Indígenas, em parceria com a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e a Fepipa (Federação dos Povos Indígenas do Pará).