Segunda-feira, 29 de Abril de 2024

Home em foco Polícia Federal deve convocar a deputada federal Carla Zambelli para depor sobre planos golpistas

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) será convocada a prestar esclarecimentos à Polícia Federal após o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Jr afirmar que foi procurado pela parlamentar para aderir à trama golpista esboçada por aliados de Jair Bolsonaro para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-comandante da Aeronáutica relatou à PF a pressão de bolsonaristas para aderir ao plano de ruptura institucional “não se limitou às redes sociais”. Como exemplo, o tenente-brigadeiro cita que, em 8 de dezembro de 2022, foi abordado pessoalmente por Zambelli, após a formatura de aspirantes a oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), na cidade de Pirassununga (SP).

“Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão”, lhe disse Zambelli.

“Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”, respondeu o então comandante da Aeronáutica.

Carlos de Almeida Baptista Jr disse à PF que relatou o episódio ao então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, um dos pivôs da trama golpista que previa um plano para manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota nas urnas nas últimas eleições.

Segundo o ex-comandante da Aeronáutica, Nogueira lhe disse que Zambelli o havia abordado “de forma semelhante”.

Caso do hacker

O cerco está se fechando contra Zambelli, que já foi indiciada pela PF em outra investigação, por ter participado, ao lado do hacker Walter Delgatti Neto, de um esquema que inseriu dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – inclusive um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Delgatti confessou a invasão, disse que fez a pedido de Zambelli e que teria recebido R$ 40 mil pelos serviços.

A expectativa de investigadores é a de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente uma denúncia contra a deputada nas próximas semanas.

No caso da trama golpista, os advogados de Zambelli divulgaram uma nota afirmando que a parlamentar “desconhece os fatos envolvendo essa minuta, reiterando que igualmente jamais anuiria, pediria ou solicitaria algo irregular, imoral ou ilícito”.

“Ademais, não se recorda desse fato reportado e se, porventura, pediu acolhimento, o fez por causa da derrota nas eleições, apoio que seria perfeitamente plausível naquele momento”, sustenta a defesa da deputada.

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