Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

Home em foco Polícia Federal implicou o nome do coronel Mauro Cid em esquema de venda e recompra de presentes valiosos recebidos pelo governo Bolsonaro de autoridades estrangeiras

Compartilhe esta notícia:

Novo responsável pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid, o advogado Cezar Roberto Bitecourt afirmou nessa quarta-feira (16) que seu cliente é um “grande injustiçado”. O defensor disse que ainda precisa ter acesso ao processo, mas, em entrevista à GloboNews, enfatizou que Mauro Cid “cumpre ordens”, fiel ao perfil de “obediência hierárquica”.

Bitencourt assumiu na terça (15) à noite a defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Ele está preso desde maio por suspeitas de envolvimento em esquema de fraude de cartões de vacinação contra covid.

No dia 11, a Polícia Federal envolveu o nome de Mauro Cid em esquema de venda e recompra de presentes valiosos recebidos pelo governo Bolsonaro de autoridades estrangeiras.

“Na verdade, ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens”, afirmou o advogado, que ressaltou desconhecer detalhes do caso.

Busca e apreensão 

A Operação Lucas 12:2 cumpriu ordens de busca e apreensão contra três pessoas, entre elas o pai do tenente-coronel, general Mauro Cesar Lourena Cid. A PF encontrou mensagens no celular de Mauro Cid que tratavam da venda e recompra de presentes recebidos por integrantes do antigo governo em cerimônias oficiais.

Os itens investigados pela PF envolvem joias valiosas que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio da União. Em março, algumas delas tiveram a devolução determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o que motivou, de acordo com a PF, a recompra delas, numa espécie de “operação resgate” por parte de auxiliares do ex-presidente para devolvê-las ao TCU. Bolsonaro, que não foi alvo da PF, negou ter se apropriado ou desviado bens públicos.

Em uma entrevista ao jornal “O Globo” nessa quarta, o advogado de Mauro Cid afirmou que seu cliente está preso “injustamente”. Mais de uma vez Bitencourt enfatizou o respeito à hierarquia comum a militares.

“O então chefe dele (Jair Bolsonaro) escolheu o cara certo para lhe assessorar, porque Mauro Cid sempre cumpriu ordens. Pela formação dele de militar, sempre prezou pelo respeito à chefia, pela obediência hierárquica. E é exatamente essa obediência a um superior militar que há de afastar a culpabilidade dele”, disse.

À CNN Brasil, o advogado disse não trabalhar no momento com a possibilidade de propor um acordo de delação premiada, mas se disse aberto a “conversar” com Mauro Cid caso o instrumento se mostre “recomendável”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Em depoimento à Polícia Federal, hacker diz que recebeu R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli para invadir sistema do Judiciário
Lula e o presidente americano Joe Biden conversam por telefone sobre preservação ambiental e iniciativa de “trabalho decente”
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Tarde