Terça-feira, 17 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 17 de junho de 2025
A PF (Polícia Federal) indiciou, nesta quarta-feira (17), 35 pessoas no inquérito da chamada “Abin Paralela”, um esquema de espionagem ilegal montado na Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Entre os indiciados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos).
Na lista, também há nomes que integram a atual gestão da agência, como os delegados Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin, o chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega e o corregedor-geral José Fernando Chuy. Todos eles são delegados de carreira da PF que foram nomeados ao cargo no governo Lula.
O relatório do inquérito foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a PF, Ramagem, que foi diretor-geral da Abin no governo de Bolsonaro, estruturou o esquema de espionagem ilegal de pessoas consideradas pela gestão do ex-presidente como adversárias.
Carlos é apontado como o chefe do chamado “gabinete do ódio”, que usava as informações obtidas ilegalmente para atacar publicamente os alvos por meio das redes sociais. Bolsonaro, segundo os investigadores, sabia e se beneficiava do esquema.
Já a atual diretoria da Abin teria agido para obstaculizar as apurações que se desenrolaram sob o atual governo.
As investigações indicaram que policiais, servidores e funcionários da Abin formaram uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores durante o governo de Bolsonaro.
Entre os alvos da espionagem, estavam autoridades do Judiciário, Legislativo e Executivo, além de jornalistas. O ministro do STF Alexandre de Moraes estaria entre os alvos do grupo.
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