Quarta-feira, 16 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de julho de 2025
Pela primeira vez, Porto Alegre zerou a fila de espera por tratamentos oncológicos de mama e radioterapia na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). A marca foi alcançada na última sexta-feira (11) com o encaminhamento de todos os pacientes que aguardavam por início de tratamento.
Conforme a prefeitura, a secretaria de Saúde tem conseguido reduzir, em média, mil pessoas por semana das filas desde abril. Além de eliminar a fila, na oncologia de mama, o tempo médio para agendamento, que era de 11 dias em dezembro, caiu para dois dias em junho, enquanto na radioterapia oncológica, a espera caiu de 26 dias para dois dias.
“É um resultado inédito e fruto de uma rede de saúde que trabalha de forma articulada, com foco na vida das pessoas. Quando diagnóstico, estrutura e regulação funcionam em conjunto, conseguimos oferecer respostas rápidas e salvar mais vidas”, destaca o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.
No caso da oncologia de mama, um dos reforços foi o início do centro de oncologia do Hospital Vila Nova e a operação de um novo mamógrafo, que vem contribuindo para acelerar os diagnósticos e garantir encaminhamento ágil a biópsias e tratamentos. A oferta ampliada de exames nas Ofertas de Cuidados Integrados (OCIs) também foi decisiva nesse processo.
Já na radioterapia, os principais parceiros foram o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que conta, desde 2024, com a operação do centro de oncologia e hematologia, e o Hospital São Lucas da PUCRS, que absorveram os atendimentos regulados com agilidade e resolutividade. A combinação entre infraestrutura, parcerias estratégicas e uma regulação eficiente permitiu que os casos mais graves e urgentes fossem priorizados e atendidos em tempo oportuno.
O trabalho de enfrentamento das filas segue avançando em outras áreas de alta demanda. A estimativa da prefeitura é zerar, nos próximos dois meses, as filas para mamografia (atualmente com 470 pessoas aguardando), cardiologia adulto (663 pessoas na fila), otorrinolaringologia adulto (622 pessoas na fila), oftalmologia pediátrica (920 crianças na fila).
A fila da cardiologia, por exemplo, será absorvida com a recuperação da capacidade de atendimento do Instituto de Cardiologia (ICFUC), que voltou a realizar procedimentos especializados com regularidade. Essa não é a primeira fila zerada em 2025. Em maio, já havia sido eliminada a fila de espera por ressonância magnética, após mais de dois anos superando a marca de mil pessoas aguardando pelo procedimento.
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