Terça-feira, 15 de Outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 10 de julho de 2022
O assassinato de Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, durante a comemoração do seu aniversário de 50 anos, que teria sido morto por um apoiador de Jair Bolsonaro insatisfeito com a festa que tinha o PT como tema, repercutiu entre os pré-candidatos à Presidência. Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União) lamentaram o crime em suas redes sociais.
Em sua conta no Twitter, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou o fato, ressaltando a necessidade de se manter o diálogo e de se ter mais tolerância, e afirmou que o discurso de ódio tem sido estimulado por “um presidente irresponsável”. Além de demonstrar solidariedade à família de Marcelo, o petista também pediu compreensão com os familiares de José da Rocha Guaranho, que cometeu o crime e que também morreu baleado após a troca de tiros.
“Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda. Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável”, escreveu Lula.
Ao contrário do que informado pela polícia antes, Guaranho não morreu após cometer o crime e ser baleado. Segundo a delegada responsável pelo caso, ele foi autuado em flagrante. O quadro de saúde dele é estável.
Ciro Gomes destacou a necessidade de se conter o ódio político para evitar o que chamou de “tragédia em proporções gigantescas”.
“É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas”, publicou o pedetista no Twitter.
O presidente Jair Bolsonaro não mencionou o crime diretamente. No Twitter, ele publicou uma mensagem na qual diz “condenar” o uso de “violência contra opositores”. Só que na sequência o presidente logo passou a atacar a esquerda, afirmando que ela “acumula um histórico inegável de episódios violentos”.
Nos tuites seguintes, longe de condenar o crime, Bolsonaro passou a listar acusações contra alvos do bolsonarismo. “É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”, escreveu Bolsonaro.
A senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB, em sua conta no Twitter, se solidarizou com os familiares dos dois envolvidos no caso e pontuou que “esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade”. Ela também divulgou uma nota onde afirmou que o caso de Foz do Iguaçu deve fazer “soar um alerta” para que não se admita mais “demonstrações de intolerância, ódio e violência política”.
Luciano Bivar também usou sua conta no Twitter para comentar o crime, que definiu como “inadimisível”. “Esta doença “política” contaminou nossa gente, até aqueles que amamos lá na casa da esquina”, escreveu Bivar.
No Ar: Pampa Na Tarde