Domingo, 26 de Outubro de 2025

Home Brasil Preço dos combustíveis sobe nos postos do Brasil. Gasolina chega a valer mais de 8 reais

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Os preços dos combustíveis nos postos registraram aumento nesta semana, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A alta, que tem como base o período entre os dias 6 e 12 de março, ainda não reflete o reajuste anunciado na última quinta-feira (10) pela Petrobras, de 18,77% para gasolina, 24,9% para diesel e 16,06% para o gás de botijão.

Segundo ANP, o preço médio do litro da gasolina subiu de R$ 6,577, na última semana, para R$ 6,683 na pesquisa desta semana, um aumento de 1,61%. É a segunda semana seguida de alta.

Nos postos, o preço máximo chegou a R$ 8,770, o maior já verificado pela ANP. O maior valor foi encontrado na Bahia, onde está a primeira refinaria privatizada da Petrobras.

Nesse ano, a refinaria da Bahia, do fundo árabe Mubadala, reajustou o preço em 35% no ano.

No caso do diesel, o preço médio do litro subiu 3,75%, passando de R$ 5,60 para R$ 5,81 nas duas últimas semanas. Foi a terceira semana consecutiva de aumento nos preços nos postos.

Os preços, segundo especialistas, vêm subindo por conta do aumento do petróleo no mercado internacional desde o início da guerra da Ucrânia, quando o barril chegou perto dos US$ 140.

Um representante dos postos revelou que novos aumentos na bomba são esperados a partir da semana que vem quando os reajustes da Petrobras nas refinarias. Isso porque, explicou essa fonte, os postos têm baixos estoques.

Passagens aéreas

A forte alta dos preços de combustíveis causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia já provoca aumento nos preços das passagens no Brasil e uma redução da oferta de voos.

O querosene de aviação, derivado do petróleo, responde por um terço dos custos das linhas aéreas e tem mais de 50% de seus preços no Brasil indexados ao dólar, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A associação tem defendido “medidas emergenciais (dos governos) de contenção de preços que possam ser tomadas durante a vigência do conflito”.

A nova turbulência atinge o setor aéreo em um momento em que a demanda vinha em retomada e, na aviação comercial doméstica, aproximava-se dos patamares pré-pandemia.

O presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou que o momento voltou a ser de contração, com estratégias para minimizar perdas.

“Nessa hora, precisamos reajustar preços de passagens. Uma série de voos que geravam margem deixaram de gerar de um dia para o outro com a volatilidade dos preços do petróleo. É preciso reajustar (os preços), isso afeta negativamente a demanda. Aí temos que reduzir a quantidade de voos. Isso já está acontecendo e vai continuar porque não sabemos o quanto vai durar essa guerra”, afirma Cadier.

Em dezembro de 2021, a Latam operou no mesmo nível de voos e ocupação de dezembro de 2019 e projetava que teria um primeiro trimestre de 2022 acima dos níveis pré-pandemia. Na Latam, o movimento será 10% abaixo do projetado e de 2% a 3% inferior ao pré-covid.

Também afetada pela situação, a Azul também já se manifestou. Em nota, diz que a guerra da Ucrânia “traz consequências devastadoras para todos os setores da economia no mundo. Esse conflito resultou em um aumento exponencial do valor de várias commodities, em especial do barril de petróleo”.

A Azul admite que o cenário “poderá adiar uma retomada mais vigorosa da oferta de voos no país, assim como a inclusão de novas cidades e novas rotas e frequências”. embora não mencione ainda redução de oferta.

A Abear, que reúne Latam e Gol, ressalta que o querosene de aviação já havia acumulado em 2021 alta de 76,2%, “superando as variações do diesel (+56%), gasolina (+42,4%) e gás de cozinha (+36%)”.

O encarecimento do querosene nos curto e médio prazos “poderá frear a retomada da operação aérea, o atendimento logístico a serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos”, além de aumentar os prejuízos das três grandes aéreas brasileiras.

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