Terça-feira, 14 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 7 de abril de 2023
O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu nesta quinta-feira (6) ao presidente da China, Xi Jinping, que converse com a Rússia e ajude a pôr fim à guerra na Ucrânia, enquanto os dois realizam a primeira de uma série de reuniões de alto nível em Pequim.
“A agressão russa na Ucrânia foi um golpe para a estabilidade (internacional)”, disse Macron a Xi, do lado de fora do Grande Salão do Povo antes da reunião. “Sei que posso contar com você para trazer a Rússia de volta à razão e todos de volta à mesa de negociações”, complementou.
Evitar uma escalada
Xi Jinping, por sua vez, afirmou que ambos os países pedem à comunidade internacional que evite uma escalada na crise na Ucrânia. A Europa é um polo independente em um mundo multipolar, e a China apoia sua autonomia estratégica, destacou.
O líder chinês também ressaltou que espera que as conversas de paz sejam reiniciadas o mais rápido possível e que possa ser encontrada uma solução política e um cenário de segurança na Europa equilibrado, eficaz e sustentável.
A visita do líder francês ao lado da chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ocorre após anos de relações delicadas com a China sobre questões como um pacto de investimento paralisado, críticas à transparência sobre a Covid-19 e a relutância do país asiático em condenar a Rússia pela guerra.
“Espiral inevitável”
Mas, dirigindo-se à imprensa após sua chegada, na quarta-feira (05), Macron afirmou que a Europa deve resistir a reduzir os laços comerciais e diplomáticos com a China e rejeitar o que alguns consideram uma “espiral inevitável” de tensão entre o país e o Ocidente.
Von der Leyen tinha reunião com Xi Jinping agendada para mais tarde, antes que os três realizassem conversas trilaterais à noite.
Macron conversou com o primeiro-ministro Li Qiang antes de se encontrar com Xi para uma cerimônia elaborada fora do Grande Salão, onde os dois líderes testemunharam uma salva de 21 tiros e caminharam lado a lado ao longo de um tapete vermelho, enquanto uma banda de música tocava seus hinos nacionais.
Em comentários noticiados pela mídia estatal CCTV, Xi Jinping destacou que a China e a França têm a capacidade e a responsabilidade de transcender “diferenças” e “restrições”, à medida que o mundo passa por profundas mudanças históricas.