Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024

Home Política Presidente de comissão deve anunciar nesta quarta-feira a data da sabatina de André Mendonça, indicado para o Supremo

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O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), avisou na noite desta terça-feira (23) para colegas que decidiu pautar para a próxima semana a sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Desde julho, Alcolumbre vinha resistindo a marcar a data da sabatina. Mas deve fazer o anúncio nesta quarta-feira (24), durante reunião da CCJ. A data mais provável é o próximo dia 30, quando se comemora o Dia do Evangélico – ex-ministro da Justiça e da AGU (Advocacia-Geral da União), André Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança.

Uma sinalização da mudança de posição foi dada na noite de segunda-feira. Alcolumbre deu sinal verde para o deputado federal Pedro Dalua (PSC-AP), seu aliado político, participar de um encontro da bancada evangélica com André Mendonça.

No evento, Dalua pediu a palavra para se apresentar como um liderado de Alcolumbre. E ressaltou que o senador não tinha nada contra os evangélicos. Alcolumbre vinha sendo cobrado por senadores para marcar a data da sabatina. Passou a dizer que não pretende criar uma “saia justa” para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de quem é muito próximo.

Nos últimos dias, Pacheco foi bastante questionado por vários senadores, especialmente do partido Podemos, sobre a demora para a análise do nome de Mendonça.

Na semana passada, Alcolumbre ainda resistia. Chegou a mandar a interlocutores do Palácio do Planalto o recado de que não tinha compromisso em pautar o nome de Mendonça no esforço concentrado.

Mas passou a reconhecer nas conversas mais recentes que seria negativo para a imagem do Senado deixar isso pendente durante o recesso parlamentar de fim de ano. Para ocupar a vaga de ministro, além da sabatina, Mendonça ainda precisará que a indicação seja aprovada no plenário do Senado.

Ele necessitará da maioria (41) dos votos dos 81 senadores. Se aprovado, Mendonça substituirá o ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou em 12 de julho.

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