Sexta-feira, 15 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de agosto de 2025
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, saiu em defesa de deputados da legenda que foram notificados pela Corregedoria da Câmara após realizarem um motim e ocuparem o Plenário da Casa, na última semana.
Segundo nota divulgada pelo cacique nesta quinta-feira, 14, os parlamentares atuaram de forma “legítima” ao defender pautas de interesse nacional, como a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro — entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Valdemar rechaçou o tratamento dispensado aos correligionários e aproveitou para alfinetar integrantes da esquerda e do PT que, segundo ele, foram responsáveis por manifestações semelhantes e não tiveram a mesma punição.
“É inaceitável que parlamentares do PL sejam tratados como se tivessem cometido um crime, enquanto episódios semelhantes protagonizados pela esquerda foram tolerados ou até celebrados”, diz o dirigente no comunicado.
“Em 2017, por exemplo, a senadora Fátima Bezerra (PT) e outras parlamentares da esquerda ocuparam a Mesa Diretora do Senado, interromperam a sessão e fizeram até refeições no local, em protesto contra a reforma trabalhista. Nenhuma delas sofreu a mesma reação dura que agora se quer impor ao PL”, afirmou Valdemar.
O cacique reforçou que, além de terem agido de forma legítima defendendo pautas de interesse nacional, os mandatários reafirmaram a “necessidade de preservação da harmonia e do respeito entre os Poderes da República”. “O PL continuará firme na defesa da liberdade de expressão e do direito constitucional de manifestação parlamentar, valores indispensáveis ao fortalecimento da democracia brasileira”, concluiu o presidente nacional do PL.
Denúncia
O corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel (PSD-BA), afirmou na segunda-feira (11), que pretendia conversar com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e os demais integrantes da Mesa Diretora, para ampliar o prazo para análise das representações contra deputados bolsonaristas acusados de organizarem um motim no Plenário na última semana.
O caso foi parar na Corregedoria por meio de um conjunto de representações contra catorze deputados do PL, do PP e do Novo envolvidos na obstrução da Câmara. Segundo Diego Coronel, o objetivo é garantir que os deputados denunciados tenham direito à defesa. “Posso notificar os catorze para que eles apresentem defesa em cinco dias”, afirmou.
A expectativa inicial era que o prazo para análise do corregedor fosse de 48 horas. Neste período, ele deveria analisar preliminarmente os casos e se manifestar sobre os pedidos de suspensão dos parlamentares. A partir de seu parecer, a Mesa Diretora, composta por Hugo Motta e outros seis deputados, deveria, então se reunir e dar uma palavra final sobre como enviar os processos ao Conselho de Ética. (Com informações da revista Veja)
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