Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Home em foco Presidente do PSD tenta filiar o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao seu partido, visando a eleição presidencial

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O presidente do PSD, Gilberto Kassab, tenta filiar o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ao seu partido visando a eleição presidencial. Na próxima semana, Kassab e Hartung deverão se reunir em São Paulo para discutir o assunto.

Leite, que confirmou ter recebido o convite de Kassab, foi derrotado nas prévias presidenciais do PSDB pelo governador de São Paulo, João Doria, em novembro do ano passado. O governador gaúcho travou uma disputa acirrada com Doria. Ele já afirmou que não pretende concorrer à reeleição no Executivo estadual.

O deputado federal Neucimar Fraga (PSD), presidente estadual do PSD no Espírito Santo, dá como certa a filiação do Hartung à sigla. O ex-governador esteve à frente do Espírito Santo em duas ocasiões (2003-2010 e 2015-2019). “Paulo já tem recebido muitas manifestações de apoio de lideranças a nível nacional, que veem nele uma figura capaz de comandar um projeto político no Brasil, com a sua experiência e capacidade de gestão e articulação”, disse.

Após o terceiro mandato à frente do governo capixaba e sem tentar a reeleição, Hartung deixou o MDB em 2018. Desde então, vem atuando no setor privado e se tornou um dos principais articuladores políticos do chamado centro político. Hartung faz parte do Conselho Consultivo do grupo de renovação política RenovaBR e é próximo de Leite.

Embora Kassab sustente publicamente o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), como pré-candidato da sigla ao Planalto, já busca um substituto para assumir a disputa. Como mostrou o Estadão, Pacheco pode desistir da pré-candidatura presidencial para se concentrar nas articulações para se reeleger ao comando do Congresso, em fevereiro de 2023.

Ramos – O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (sem partido-AM), anunciou ontem que vai se filiar ao PSD. O deputado decidiu deixar o PL após a legenda liderada por Valdemar Costa Neto filiar o presidente Jair Bolsonaro, de quem Ramos é opositor. A filiação do deputado será oficializada na semana que vem.

Pragmatismo político

Conhecido no meio político por ser um estrategista de tino eleitoral aguçado, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, não conseguiu, até agora, emplacar seu primeiro candidato ao Palácio do Planalto. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em quem ele apostou todas as fichas, não saiu do lugar em pesquisas de intenção de voto e tudo indica que vá desistir. Mas isso, talvez, não importe tanto.

Pragmático, Kassab se movimenta com desenvoltura, da direita à esquerda, e não faz questão de esconder conversas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem considera apoiar no longo prazo. Até aliados o veem como um “camaleão”.

O problema é que a desistência de Pacheco, agora, lançaria uma ala do PSD “nos braços” de Lula desde já. Além disso, pelos cálculos de Kassab, o partido corre o risco de sofrer uma debandada se não tiver candidato próprio à Presidência, já que outra parte da bancada federal ameaça se filiar ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

É por isso que o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo não quer antecipar um jogo que pode ser feito mais adiante, embora Lula tente convencê-lo a selar logo essa aliança. Na prática, o PSD se tornou uma espécie de fiel da balança nas próximas eleições, tendo o apoio disputado por vários segmentos da política.

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