Terça-feira, 25 de Novembro de 2025

Home Política Presidente do Senado ironiza aceno do advogado-geral da República, Jorge Messias, indicado para ministro do Supremo

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O gesto do advogado-geral da União, Jorge Messias, de fazer um elogio público ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com a intenção de reduzir resistências à sua indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF), acabou produzindo um efeito contrário ao desejado. A iniciativa, que buscava abrir um canal de aproximação, elevou a temperatura política no Senado e ampliou a distância entre o indicado pelo presidente Lula e um dos principais articuladores da Casa.

Em mensagem enviada a aliados na manhã dessa segunda-feira (24), Alcolumbre reprovou a atitude de Messias. Com tom irônico, afirmou que o indicado de Lula “começou bem”, aludindo ao fato de que, segundo ele, Messias optou por se comunicar por meio da imprensa em vez de procurá-lo diretamente para uma conversa pessoal. A crítica reforçou a percepção de incômodo do presidente do Senado com o episódio, especialmente em um momento no qual sua influência sobre a sabatina e a votação de autoridades é observada de perto.

Em nota divulgada no fim de semana, Messias havia declarado que reconhece e louva “o relevante papel que o presidente Alcolumbre tem cumprido como integrante da Casa, que agora preside pela segunda vez, atuando como autêntico líder do Congresso, atento a elevados processos decisórios, em favor do país”. A manifestação, que pretendia ser conciliatória, foi interpretada por setores do Senado como uma tentativa pública de aproximação sem o prévio diálogo que Alcolumbre esperava.

Interlocutores de Messias afirmam que o advogado-geral da União tentou contato direto com Alcolumbre na quinta-feira (20), buscando agendar uma conversa antes de iniciar oficialmente o roteiro de visitas aos senadores para sua sabatina. Como, segundo esses aliados, não houve retorno, Messias decidiu publicar a nota.

O gesto, no entanto, acentuou uma tensão pré-existente. Alcolumbre havia demonstrado irritação com o fato de o presidente Lula ter escolhido Jorge Messias para a vaga no STF em vez do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aliado político e presidente do Congresso. A decisão de Lula, considerada estratégica pelo governo, acabou repercutindo negativamente entre parte da cúpula do Senado, que esperava ter maior protagonismo na definição do nome.

Nesse contexto, a tentativa de Messias de promover uma trégua acabou sendo percebida como precipitada. Enquanto o indicado segue preparando sua agenda de conversas com parlamentares, permanece a expectativa sobre como Alcolumbre irá se posicionar no andamento da sabatina e na articulação para a votação. (Com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo)

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