Segunda-feira, 14 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de julho de 2025
Em carta divulgada no domingo (13), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as exportações brasileiras ao país se baseia em uma “compreensão imprecisa” dos fatos ocorridos nos últimos anos o Brasil.
“Em 9 de julho último, foram anunciadas sanções que seriam aplicadas ao Brasil, por um tradicional parceiro comercial, fundadas em compreensão imprecisa dos fatos ocorridos no País nos últimos anos”, disse Barroso.
O ministro afirmou que diferentes visões de mundo “não dão direito a ninguém de torcer a verdade ou negar os fatos concretos que todos viram e viveram”. Barroso terminou o texto dizendo que “como as demais instituições do País, o Judiciário está ao lado dos que trabalham a favor do Brasil e está aqui para defendê-lo”.
Essa é a primeira manifestação do STF a respeito do anúncio feito por Trump, que alegou que a tarifa seria aplicada em razão do que chama de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado.
Na carta, Barroso citou o histórico de tentativas de ruptura institucional ocorridas nos últimos 90 anos no País, incluindo o golpe de 1964, e, em seguida, episódios que aconteceram no Brasil a partir de 2019, como a tentativa de atentado terrorista à bomba no aeroporto de Brasília; a tentativa de explosão de bomba no Supremo; as acusações falsas de fraude eleitoral na eleição presidencial; e a tentativa de golpe que, segundo a Procuradoria-Geral da República, incluía o plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Barroso também afirmou que “no Brasil de hoje não se persegue ninguém”. “Se houver provas, os culpados serão responsabilizados. Se não houver, serão absolvidos. Assim funciona o Estado democrático de direito”, prosseguiu.
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