Quinta-feira, 12 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 10 de junho de 2025
O Supremo Tribunal Federal (STF) interrogou, na noite dessa terça-feira (10), interrogatório do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. Ele é um dos oito réus do chamado “núcleo 1” da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O general foi interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes. Braga Netto está preso e participou por videoconferência.
O militar se disse democrata e negou que tenha participado de plano de golpe.
“A eleição de 2022 não teve fraude. Eu fui para fora do Brasil e fiquei 9 meses em uma área de combate na brigada australiana defendendo a democracia. Eu sou um democrata. Eu nunca iria participar de um plano ou apoiado um plano que falasse de atentado a autoridades do Legislativo, Executivo, Judiciário. Nunca teria participado de um plano desse”, disse.
Braga Netto ainda ressaltou que considerou os atos de 8 de Janeiro “um horror”. “Foi vandalismo.”
Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro de 2024, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. A prisão foi decretada a pedido da Polícia Federal (PF), que investiga a participação do general da reserva em um suposto plano para manter Bolsonaro no poder por meios ilegais. Como está sob custódia do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, o ex-ministro depõe por videoconferência.
Segundo a PF, há indícios de que ele teve papel relevante na articulação e no financiamento das ações planejadas por militares e civis para reverter o resultado das urnas. Entre os elementos investigados, está a suspeita de que o general teria repassado recursos aos envolvidos em uma sacola de vinho. A informação veio à tona a partir da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O general é o primeiro oficial de quatro estrelas a ser preso, desde o fim do regime militar. Ele está detido na Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde já atuou como comandante entre 2016 e 2019. O local é destinado à custódia especial de militares, como prevê a legislação para casos ainda sem sentença definitiva.
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