Sábado, 27 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 23 de maio de 2023
A polícia espanhola informou que prendeu nesta terça-feira (23) quatro pessoas suspeitas de pendurar um boneco que representava o atacante brasileiro Vinícius Júnior enforcado em uma ponte em Madri, capital da Espanha, em janeiro.
Uma investigação de crime de ódio foi aberta depois que o boneco, esticado em uma corda e com a camisa 20 do jogador, foi pendurado em frente ao campo de treinamento do Real Madrid. Uma faixa estava junto ao boneco com a seguinte frase: “Madrid odeia o Real”.
As prisões ocorreram dois dias após um novo caso de insultos racistas contra o jogador. Segundo a polícia, três dos presos são integrantes da Frente Atlética, torcida organizada do Atlético de Madrid. Todos os detidos são espanhóis e têm 19, 21, 23 e 24 anos. Um deles tem passagem por crime de lesão corporal, segundo a polícia local.
Pelo menos dez ataques racistas
“Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é normal na La Liga”, desabafou Vinícius Jr. no domingo (21) após ser novamente alvo de ataques racistas em um jogo da La Liga – o campeonato espanhol – entre o seu clube, o Real Madrid, e o Valencia.
Antes e durante a partida, a torcida do Valencia cantou músicas em que chamou Vini de “macaco”. O jogo foi interrompido por alguns minutos pelo árbitro, e o sistema de som do estádio transmitiu um pedido para que os torcedores evitassem xingamentos racistas.
O Real Madrid informou que pediu que as autoridades espanholas investiguem o caso. O Valencia prometeu expulsar para sempre de seu estádio os torcedores que proferiram insultos racistas.
Esse foi o décimo episódio noticiado como racismo contra Vinícius Junior na Espanha. Os episódios estão se intensificando: houve um caso em 2021, três em 2022 e seis neste ano. Vini acusa a La Liga de ser conivente com o racismo.
“O racismo é normal na La Liga”, desabafou Vinícius Jr. (Foto: Reprodução/Facebook)