Quarta-feira, 24 de Abril de 2024

Home Mundo Pressionado a não tentar reeleição, presidente dos Estados Unidos sofre novo revés em cúpula

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As análises na imprensa americana após a Cúpula das Américas convergiram em dizer: o encontro escancarou o declínio da liderança dos EUA na região. A percepção de que americanos não priorizam a América Latina não é nova, mas se tornou o mais recente revés para Joe Biden, envolto numa queda de popularidade que começa a pressioná-lo internamente contra uma tentativa de reeleição.

Eleito com discurso de que remontaria alianças e restabeleceria a liderança americana no resto do mundo, Biden se viu em meio à questionada estratégia de saída de tropas do Afeganistão e no epicentro político da guerra na Ucrânia – que nem Washington nem os europeus conseguiram ajudar a evitar.

Na iminência da invasão do território ucraniano, a Casa Branca assistiu a líderes de dois relevantes países da América do Sul visitarem Vladimir Putin. As viagens do argentino Alberto Fernández e do brasileiro Jair Bolsonaro a Moscou acenderam os sinais de alerta nos EUA, que não têm sido capazes de reduzir a presença da China na América Latina ou se contrapor à relação da Rússia com alguns países da região.

A coleção de dificuldades internacionais dá margem aos ataques da oposição, que vê Biden no seu pior momento de aprovação. O país vive inflação alta, disparada nos preços de combustíveis e alimentos.

Enquanto 40% dos americanos aprovam seu governo, 53% desaprovam. É a pior combinação apurada pelo site FiveThirtyEight entre presidentes nesta época do mandato. O site analisa as aprovações e desaprovações desde a presidência de Harry Truman (1945-53).

A situação política de Biden já faz com que democratas avaliem reservadamente que ele não deve concorrer à reeleição, segundo reportagem do jornal The New York Times. Em novembro, a Casa Branca terá um termômetro do tamanho do problema nas eleições legislativas.

Com maioria estreita no Senado, Biden viu seus projetos mais ambiciosos empacados no Capitólio mesmo no início da presidência, quando a boa vontade dos parlamentares costuma ser maior. Se perder a maioria na Câmara e no Senado, o que historicamente costuma acontecer na disputa do meio de mandato, terá uma segunda metade de governo ainda mais engessada.

A impossibilidade de avançar politicamente nos EUA na reforma imigratória, por exemplo, aumenta o ceticismo de países sobre a efetividade do acordo firmado sobre o tema em Los Angeles.

À margem da Cúpula, Brasil, EUA e mais 18 países assinaram um acordo para conter a crise migratória que tem levado o número de imigrantes que chega ilegalmente ao país bater recorde atrás de recorde. O acordo fala em ampliar as oportunidades de migrar legalmente. Para os EUA, o importante foi reconhecer entre países que há uma responsabilidade compartilhada para lidar com o assunto.

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