Terça-feira, 23 de Abril de 2024

Home em foco Prévias do PSDB: João Doria conquista dissidentes de Tasso Jereissati no Ceará e Eduardo Leite recebe apoio do Mato Grosso do Sul

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A menos de duas semanas para as prévias presidenciais do PSDB, a disputa se afunila entre os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, em busca de apoio nos Estados, enquanto o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio faz uma campanha discreta.

O diretório do Mato Grosso do Sul anunciou nesta segunda-feira (8) o apoio à candidatura de Leite. Por outro lado, em uma ofensiva no último final de semana Doria conseguiu apoio de dissidentes no Ceará do senador Tasso Jereissati, um dos principais cabos eleitorais do representante gaúcho na disputa.

Lá, o paulista recebeu o apoio do deputado federal Danilo Fortes (PSDB-CE) e de outros políticos do Estado, como os deputados Nelinho Freitas e Fernanda Pessoa, além do pai da parlamentar, Roberto Pessoa, que é prefeito de Maracanaú.

Doria também foi à Bahia no sábado (6), onde o diretório havia declarado apoio ao gaúcho, e conquistou o endosso do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Câmara, entre outros políticos.

No mesmo dia, Leite esteve em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, onde o diretório municipal aderiu ao gaúcho. A região fica próxima a Pindamonhangaba, berço político do ex-governador Geraldo Alckmin, atual desafeto de Doria. Alckmin tem mobilizado os aliados para atuarem a favor do gaúcho. Leite também tem feito investidas em aliados do ex-prefeito Bruno Covas. Entre esses apoiadores, conquistou Orlando Faria, secretário de Habitação da prefeitura de São Paulo.

A disputa segue aberta, embora Doria seja favorito em razão do peso de São Paulo no colégio eleitoral tucano, que é o maior e equivale a 25%. Leite se aproxima do paulista com o endosso de Minas Gerais, que tem peso de 13,7% e Rio Grande do Sul, com 6,4%. No entanto, em todos os Estados há defecções para um lado ou para o outro, o que torna difícil de fazer previsões sobre a eleição interna.

Presidente

Desde sua fundação, em 1988, a divisão é uma marca do PSDB. O primeiro processo de prévias para a escolha do candidato do partido à Presidência da República voltou a dar projeção nacional à legenda, mas também reforçou a característica tucana, se tornando uma ameaça à unidade interna.

As primárias ganharam níveis superlativos de tensão e colocaram o ex-deputado federal Bruno Araújo, de 49 anos, presidente da sigla, numa posição de “equilibrista” no embate entre Doria e Leite.

Um dos principais quadros do grupo que ficou conhecido como “cabeças pretas” – bloco de deputados tucanos que defendeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) -, Araújo assumiu o comando da sigla em maio de 2019 e age para que a briga acirrada entre alas tucanas não ameace também sua permanência na presidência da legenda. Costuma ser chamado nos bastidores do partido de “VAR”, nome do mecanismo adotado pela FIFA para fazer a verificação eletrônica de lances duvidosos no futebol.

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