Domingo, 23 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 22 de novembro de 2025
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog da jornalista Andréia Sadi, do portal g1, nesse sábado (22) avaliam a decisão de prisão de Jair Bolsonaro como acertada, e que a ordem, expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, deverá ser mantida pela 1ª Turma da Corte, na sessão extraordinária convocada para esta segunda-feira (24).
Na visão desses magistrados, o modo de operação dos bolsonaristas reforça o risco de fuga de Bolsonaro.
Na decisão, Moraes citou os casos dos deputados federais Carla Zambelli (PL-SP), Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deixaram o Brasil para “se furtar à aplicação da lei penal”.
Zambelli e Ramagem foram condenados pelo STF, e Eduardo é réu no processo sobre tentativa de coagir a Corte a fim de impedir o julgamento da tentativa de golpe (a prisão de Bolsonaro aconteceu nesse processo).
Além desse histórico, Moraes citou uma violação da tornozeleira eletrônica à 0h08 desse sábado (22) e a convocação, pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de uma vigília para a casa do ex-presidente. Para Moraes, o ato poderia gerar um tumulto que favorecesse a fuga.
Prazo
Moraes determinou que a defesa do ex-presidente se manifeste em 24h sobre a violação da tornozeleira eletrônica dele. A decisão foi tomada após a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal enviar ao STF um relatório técnico e um vídeo que mostram o equipamento danificado e a admissão do próprio Bolsonaro de que tentou abrir o dispositivo com um ferro de solda.
A violação da tornozeleira eletrônica foi um dos motivos apontado por Moraes para determinar a prisão preventiva do ex-presidente, realizada nesse sábado. Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF.
Em seu despacho, Moraes afirmou que retiraria o sigilo do relatório da Seape e do vídeo de vido a “inúmeras informações errôneas que vem sendo divulgadas sobre a ocorrência da violação”.
No vídeo, Bolsonaro aparece falando com uma agente e afirma que usou “ferro de solda” no equipamento, por “curiosidade”.
A decisão de Moraes de prender Bolsonaro foi tomada atendendo a pedido da PF, que alegou necessidade de garantia da ordem pública.
A corporação afirmou que uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, no condomínio onde Bolsonaro estava cumprindo prisão domiciliar poderia levar a um “tumulto” e um “ambiente propício para sua fuga”.
“O conteúdo da convocação para a referida ‘vigília’ indica a possível tentativa da utilização de apoiadores do réu Jair Messias Bolsonaro, em aglomeração a ser realizada no local de cumprimento de sua prisão domiciliar, com a finalidade de obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar”, afirmou Moraes. (Com informações da colunista Andréia Sadi, do portal g1, e do jornal O Globo)