Home Bruno Laux Produtores rurais do RS somam R$ 27,4 bilhões em dívidas com crédito rural

Endividamento rural

Levantamento da assessoria econômica da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) revela que cerca de 65 mil produtores rurais gaúchos acumulam R$ 27,4 bilhões em dívidas junto às principais instituições financeiras que operam crédito rural no estado — Banco do Brasil, Sicredi e Banrisul. Os dados, que incluem também débitos vinculados a Cédulas de Produto Rural, foram apresentados nessa terça-feira pela entidade ao governo federal durante uma reunião com o Ministério da Fazenda, mediada pelo senador Luís Carlos Heinze (PP-RS). Do total apurado, R$ 18,4 bilhões se enquadram nos limites previstos pela proposta de renegociação do Executivo, enquanto os R$ 8,9 bilhões restantes ultrapassam esses valores. Para Gedeão Pereira, presidente da Farsul, o avanço das renegociações dos débitos se faz urgente, principalmente considerando a proximidade do início da safra 2025/2026.

Tramitação incompleta

A bancada do PT na Câmara de Porto Alegre acusa o governo Sebastião Melo (MDB) de desrespeitar o processo legislativo ao acelerar a tramitação de projetos. Segundo os parlamentares, em 2025 o Executivo municipal já encaminhou 62 propostas à Casa, das quais 41 teriam sido aprovadas sem análise adequada das comissões permanentes. A oposição afirma que a prefeitura tem recorrido de forma “abusiva” às comissões conjuntas e ao artigo 81 da Lei Orgânica, que permite incluir matérias diretamente na ordem do dia, suprimindo o debate. Em reação aos movimentos, PT, PCdoB e PSOL anunciaram que não darão acordo para as comissões conjuntas previstas na sessão desta quarta-feira (3). Para os partidos, a prática concentra poder no Executivo e fere a autonomia do Legislativo.

Repressão ao abigeato

O secretário de Segurança Pública do RS, Sandro Caron, anunciou nesta terça-feira a transformação do atual Núcleo de Combate ao Abigeato de Rio Grande, no Sul do Estado, em uma Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato. A divulgação ocorreu durante audiência pública articulada pelo deputado Rodrigo Lorenzoni (PL), junto à Comissão de Economia da Assembleia Legislativa, realizada no auditório da Farsul, na Expointer, para debater a extensão e os impactos desse tipo de crime no território gaúcho. Apesar da redução de ocorrências em grande parte do Estado nos últimos meses, forças de segurança pública relataram que a situação permanece preocupante e alertam para o problema da subnotificação de casos. Ao fim do encontro, Lorenzoni sugeriu que as preocupações do setor agropecuário sobre o tema sejam levadas ao Judiciário, além da criação de um observatório permanente para acompanhar a situação do abigeato no estado.

Proteção em desastres

A Prefeitura de Porto Alegre lança nesta quarta-feira, no Centro de Monitoramento e Contingência Climática, o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil do município. O documento integra protocolos operacionais específicos para a resposta a inundações, incêndios urbanos, secas, tempestades, epidemias, acidentes com produtos perigosos e outros desastres, detalhando responsabilidades institucionais, recursos necessários e mecanismos de articulação interinstitucional. A estratégia, que inclui também protocolos de mobilização, abrigo, comunicação, logística e critérios para ativação e desmobilização do plano, visa garantir uma resposta coordenada que minimize os danos à população e à infraestrutura da cidade em situações de risco.

Recuperação de terras

A Caixa Econômica Federal vai aplicar R$ 3,5 bilhões na recuperação de terras degradadas no Brasil por meio do Programa Eco Invest Brasil. A iniciativa combina R$ 2 bilhões de capital público com R$ 1,5 bilhão de recursos privados, em um modelo de financiamento misto que permite reduzir custos e atrair investidores para projetos sustentáveis. O programa prevê a recuperação de 230 mil hectares de solo improdutivo, transformando áreas degradadas em sistemas integrados de agricultura, pecuária e florestas. A meta é apoiar produtores rurais, cooperativas e empresas do agronegócio, promovendo a produção de alimentos de forma sustentável e contribuindo para a conservação do solo, proteção das águas e combate ao desmatamento.

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