Sábado, 25 de Outubro de 2025

Home Brasil Programa federal para cursinhos populares atrasa pagamentos

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Um programa criado pelo governo federal para apoiar cursinhos populares por meio de auxílio financeiro vem sofrendo com uma série de problemas. Inconsistências nos pagamentos, dificuldades de comunicação e falhas na organização levaram professores beneficiados a se organizarem para cobrar explicações do Ministério da Educação (MEC). O ministério afirma que 94% dos estudantes apoiados pela Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP) receberam o auxílio financeiro, e que inconsistências nos cadastros atrasam os repasses.

A CPOP foi lançada pelo governo Lula para apoiar cursinhos populares com suporte técnico e financeiro. O objetivo é ajudá-los na preparação de estudantes de renda baixa da rede pública — principalmente negros e indígenas — que tentam ingressar na educação superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

No último fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um encontro com estudantes da CPOP em São Paulo e anunciou o investimento de R$ 108 milhões para cursinhos populares no ano que vem. Na ocasião, ele declarou que quer construir uma “doutrina” com professores e alunos latino-americanos para que a América do Sul seja independente e que “nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o Brasil” — sem citar o presidente americano Donald Trump.

A CPOP, lançada em março pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, é elogiada pelo público-alvo, que reconhece sua importância para a manutenção dos cursinhos. Mas sua implementação tem gerado queixas dos profissionais à frente dos projetos educacionais.

Com um orçamento inicial de R$ 24,5 milhões para a CPOP, o MEC previa pagar seis parcelas mensais de R$ 200 por aluno em cada um dos 130 cursinhos validados em maio. Professores e coordenadores também recebem auxílio financeiro. Mas a demanda ao programa pressionou o governo a aprovar mais 254 cursinhos (totalizando 384), e houve novo aporte de recursos: o valor chegou a R$ 73,3 milhões.

Professores e coordenadores de cursinhos se queixam da gestão dos pagamentos, que estava inicialmente a cargo da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), vinculada à Fiocruz. Problemas com o cadastro dos bolsistas e atrasos nos repasses, no entanto, levaram o governo a delegar a tarefa ao Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que hoje executa o programa.

Em nota, a Fiotec informou que, em relação à gestão do projeto da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), realizou o pagamento de julho e agosto dos estudantes, professores e coordenadores com cadastros regulares. “Posteriormente, de acordo com demanda do Ministério da Educação (MEC), foi firmado acordo de cooperação junto à FUNADIF, para que implementasse as demais parcelas faltantes. Diante da mudança, eventuais regularizações cabem à FUNADIF.” (Com informações de O Estado de S. Paulo)

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