Quarta-feira, 19 de Março de 2025

Home Mundo Promotoria de Paris recorre contra decisão que absolveu Airbus e Air France pela queda de voo que partiu do Rio para Paris em 2009

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O Ministério Público de Paris, na França, informou nesta quinta-feira (27) que entrou com recurso contra a decisão judicial que inocentou a fabricante de aviões Airbus e a companhia aérea Air France de “homicídio involuntário” no caso do acidente com o voo AF447 Rio-Paris, em 2009, que resultou na morte de 228 pessoas.

A Justiça da França absolveu as duas companhias no dia 17 deste mês por considerar que, embora tenham cometido “falhas”, não foi possível demonstrar “nenhuma relação de causalidade” segura com o acidente.

Ou seja, a Justiça disse entender que nenhum problema técnico do avião provocou a queda da aeronave no Oceano Atlântico em 1º de junho de 2009 após passar por uma turbulência severa. O voo decolou na noite de 31 de maio daquele ano do Aeroporto Internacional do Galeão.

Desde então, comitês de investigação tentam achar o motivo da queda. Em 2011, investigadores franceses, com base em uma busca com submarinos, afirmaram que os pilotos responderam “com falha” a um problema envolvendo sensores de velocidade congelados.

Por conta disso, a aeronave entrou em queda livre e não conseguiu responder aos alertas de estol – quando o avião perde a capacidade de voar. Ao anunciar o veredito, o tribunal criminal de Paris listou vários atos de negligência de ambas as empresas, mas disse que eles ficaram “aquém da certeza necessária para estabelecer responsabilidade firme pelo pior desastre aéreo”. “Um provável nexo causal não é suficiente para caracterizar um delito”, diz a decisão.

Ainda assim, a sentença destacou o debate que se gerou após a queda da aeronave sobre problemas técnicos tanto da Airbus quanto da Air France com os sistemas que geram as leituras de velocidade.

Esse foi o primeiro julgamento na França por homicídio involuntário corporativo, para o qual a multa máxima é de 225 mil euros (cerca de R$ 1,21 milhão). Ambas as empresas se declararam inocentes.

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