Terça-feira, 08 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 7 de julho de 2025
O ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva foi eleito, nesta segunda-feira (8), presidente nacional do PT. A apuração ainda não foi concluída, mas a vantagem de 73,48% dos 342,2 mil votos contabilizados permite cravar sua vitória, segundo o atual presidente da legenda, senador Humberto Costa (PE). Na parcial, o deputado Rui Falcão aparece em segundo lugar, com 11,15% dos votos, seguido por Romênio Pereira, com 11,06%, e Valter Pomar, com 4,3%.
A eleição de Edinho ocorre mesmo sem a votação em Minas Gerais, terceiro maior colégio eleitoral do partido. O diretório mineiro teve o pleito adiado após uma disputa judicial entre as chapas e irá às urnas no próximo domingo. Também falta apurar votos de outros Estados, como Pernambuco, Bahia, Paraná e Rio de Janeiro. A previsão é de que mais de 400 mil filiados petistas participem do processo.
Em seu primeiro pronunciamento como presidente da legenda, Edinho agradeceu o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a união em torno de sua candidatura, incluindo os adversários na disputa interna.
“Quero fazer um agradecimento público à confiança do presidente Lula, que me empenharei todos os dias para honrá-la. Meu trabalho será pela união do PT”, afirmou.
Ele também ressaltou o compromisso com a reeleição de Lula em 2026, a luta contra o “fascismo” e defendeu a construção de um campo democrático amplo em torno da candidatura do presidente. Outro desafio elencado pelo novo dirigente é a necessidade de melhorar a comunicação do partido e reformular o programa interno.
A vitória de Edinho consolida a força de um grupo mais alinhado à estratégia de ampliação de alianças, com maior abertura ao diálogo com partidos de centro e centro-direita — movimento já visível nas disputas estaduais. Dos 16 presidentes estaduais definidos até agora, ao menos 11 seguem esse perfil.
Nos bastidores, a escolha de Edinho enfrentou resistências. A então presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não era entusiasta de sua candidatura. O clima só começou a se pacificar após sua acomodação na chefia da articulação política do governo Lula. Com a ida de Gleisi para a Secretaria de Relações Institucionais, os ânimos no partido se acalmaram, e a resistência a Edinho arrefeceu. Nesta segunda-feira, o novo presidente elogiou Gleisi, classificando-a como a maior dirigente da história do PT por sua atuação durante a Lava-Jato e o período de prisão de Lula.
Outro movimento importante foi a desistência da candidatura do vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá, aliado de Lula no Rio de Janeiro. Segundo interlocutores da cúpula petista, a retirada de seu nome ocorreu após um acordo que garantiria a permanência de Gleide Andrade na secretaria de Finanças do partido — gesto interpretado como sinal de continuidade e apaziguamento interno. Gleide esteve presente no pronunciamento de Edinho. Com informações do jornal O Globo.
No Ar: Pampa Na Madrugada