Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home Tecnologia Quadrilhas estão investindo em aplicar desde golpes do motoboy até invasão em contas no Instagram e WhatsApp

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Impulsionada pela maior presença digital da população por causa da pandemia e pela agilidade das transações bancárias, a aplicação de golpes avança no País. Investigações apontam que organizações criminosas também passaram a investir nessa modalidade. Como resposta à alta, as polícias e o Ministério Público dos Estados têm criado, ou mesmo fortalecido, grupos especializados em combater crimes cibernéticos.

O objetivo principal, apontam, é desarticular quadrilhas que estão investindo em aplicar desde golpes do motoboy a invasão em contas de Instagram e WhatsApp. Parte das investigações é incipiente. A tendência, porém, é que se intensifiquem nos próximos anos.

“Há um movimento das facções criminosas em utilizarem certos aparatos tecnológicos para movimentar dinheiro e fazer lavagem de dinheiro. Participam também de esquemas de pirâmide, usando bitcoins e outros ativos”, disse o promotor de Justiça Roberto Alvim Júnior, que coordena o CyberGaeco, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, um dos Estados que viram os casos de estelionato triplicarem em um período de três anos, segundo dados oficiais.

Atualmente, os crimes de estelionato descritos como mais frequentes no País são o do perfil falso no WhatsApp, em que criminosos se passam por outra pessoa para pedir dinheiro emprestado, e o das falsas vendas no Instagram, em que perfis são invadidos para publicação de anúncios de produtos que não existem. Os tidos como “clássicos”, como falsos leilões e ofertas de emprego ilusórias, também seguem sendo aplicados.

Os golpes avançaram principalmente na pandemia, afirma Alvim Júnior, já que mais pessoas passaram a recorrer a soluções digitais. Os criminosos, então, seguiram esse movimento e sofisticaram as ferramentas. “A partir do momento em que o smartphone ficou bem mais popularizado, que se consolidou a rede 4G e os aplicativos de banco permitiram mais ações dos usuários, os golpes passaram a se propagar.”

Segundo o promotor de Justiça Mauro Ellovitch, do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), o perfil falso no WhatsApp é o golpe mais recorrente no Estado – foram 32,9 mil registros de estelionato por meio do aplicativo de janeiro a setembro do último ano.

Em ação recente, a Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber) prendeu uma quadrilha que aplicava golpes do tipo. “Eles usavam como base dados vendidos por empresas de big data para score de crédito”, explicou. Após os vazamentos, por infiltrados ou obtidos por meio de hackers, entra em ação um mercado de comercialização de dados entre quadrilhas, o que facilita os golpes.

Os altos lucros obtidos por quadrilhas que fazem roubos por meio do Pix, ferramenta de pagamento instantâneo, atraíram a atenção do PCC, conforme investigação da Polícia Civil de São Paulo.

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