Segunda-feira, 09 de Setembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 12 de janeiro de 2024
Com a ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski será o novo ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o presidente, o novo titular da Pasta toma posse no dia 1º de fevereiro.
À frente da Pasta ministerial, Lewandowski receberá o salário bruto mensal de R$ 44.008,52, de acordo com o determinado pelo Decreto Legislativo nº 172/22, que estabelece o aumento progressivo dos vencimentos dos ministros até 2025. No próximo ano, portanto, a remuneração bruta sobe para R$ 46.366,19.
Os valores são os mesmos aos que serão recebidos por Flávio Dino na Suprema Corte — desta vez, regidos pela Lei nº 14.520/23. Esta será a segunda vez que ele chegará a um cargo por indicação do presidente Lula. Em 2006, durante o seu primeiro mandato como presidente, o petista indicou Lewandowski para ocupar uma das 11 cadeiras do Supremo. Na época, ele era desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A interlocutores, Lewandowski afirmou que está partindo para uma “missão”. O ex-ministro do STF, que faz o caminho inverso de Dino, deixou a Corte em abril do ano passado ao se aposentar. Ele completou 75 anos em 11 de maio, idade em que a aposentadoria seria compulsória.
“Eu só vou fazer o decreto da oficialização dele, a pedido dele, por conta de coisas particulares que ele tem que fazer, no dia 19. Acertamos que ele toma posse no dia 1º de fevereiro. Até lá, o companheiro Flávio Dino, que só vai tomar posse em 22 de fevereiro, ficará cumprindo a função da forma magistral que ele cumpriu até agora”, disse Lula.
No STF, além de manter uma posição divergente durante o Mensalão, o ex-ministro foi uma das vozes críticas aos métodos da Operação Lava-Jato, que levaram Lula à prisão.
Perfil
Enrique Ricardo Lewandowski tem 75 anos e se tornou ministro do STF em 2006. Antes, tinha sido desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e juiz do Tribunal de Alçada Criminal do Estado. Nas eleições de 2010, as primeiras sob a vigência da Lei da Ficha Limpa, Lewandowski era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ministro também presidiu o Supremo entre 2014 e 2016. Em 2016, como manda a Constituição, presidiu o julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Como presidente do Conselho Nacional de Justiça, no mesmo período, Lewandowski comandou a implementação das audiências de custódia em todo o país. O procedimento permite que um preso seja ouvido pela Justiça em até 24 horas após a detenção, e que a prisão seja reavaliada.
Em abril de 2023, um mês antes de completar os 75 anos da idade máxima para um ministro do Supremo, Lewandowski anunciou que anteciparia sua aposentadoria.
No Ar: Pampa Na Madrugada