Domingo, 14 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de setembro de 2025
A internet virou o mundo de cabeça para baixo e mudou, absolutamente, a nossa forma de viver. Entre tantas vantagens, contudo, descobrimos nela um “buraco negro do mal”: as redes sociais se tornaram um ringue de gladiadores virtuais. Ao invés de lanças e espadas, contudo, usam-se posts, comentários e vídeos cuspindo raiva. A lógica é simples: quanto mais virulenta a opinião, maior o engajamento. E quanto maior o engajamento, melhor, claro. Afinal, todos nós já sabemos que curtidas e número de seguidores importam, sim. Só precisam animar que a fama que deles decorre é, apenas, efêmera – mas é fama, ainda assim. Bora “biscoitar”, custe o que que custar. E, assim, o ódio virou entretenimento, combustível de curtidas e moeda de vaidade.
O assassinato de Charlie Kirk — mais um ativista conservador a tombar — expôs o lado mais podre dessa engrenagem. Em vez de repúdio, vimos comemoração. Milhares de comentários de esquerdistas celebrando a morte, como se ela fosse uma vitória política. A cena dispensa análises profundas: não há nada mais extremista do que festejar a execução de um adversário. Ainda mais com ironia. Sobretudo com risadinhas. Além de tudo, desprezando quem perdeu o ente querido. Que nojo. É de revirar o estômago.
A esquerda, um dia, representou a luta por justiça social, por condições dignas para os mais pobres, por reformas que trouxessem equilíbrio a um país desigual. Mas a esquerda de hoje virou seita. Não busca justiça, busca poder. Não defende o trabalhador, defende narrativas. E não tolera o contraditório. Quem discorda não é adversário: é inimigo a ser cancelado, silenciado ou, no limite, eliminado. A esquerda não é mais um viés político: é cega e ignorante em sua visão limitada e presunçosa da realidade, que só serve se assim lhe convier.
E foi aaa lavagem cerebral que gerou o extremismo com o qual nos confrontamos hoje. Os exemplos estão aí, para quem tiver coragem de olhar. Donald Trump sofreu uma tentativa de assassinato em plena campanha eleitoral. No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro levou uma facada que quase lhe tirou a vida em 2018. Javier Milei, na Argentina, governa sob ameaças constantes. Agora, Charlie Kirk. Curiosamente, a maioria das vítimas são de direita. Estranho, não?
A ironia é que o conservador incomoda justamente por ser resistência. Ser de direita, hoje, é ousar dizer “não” ao relativismo que tudo normaliza. É afirmar valores — família, religião, propriedade, liberdade individual — que batem de frente com a agenda progressista. É ter a coragem de dizer que nem tudo é permitido e que nem toda “narrativa” merece palmas.
E isso dói. Dói porque ser conservador significa lembrar que a democracia só existe com pluralidade de vozes. E como a esquerda atual não tolera pluralidade, precisa demonizar o outro lado. Assim, cala a boca do adversário chamando-o de fascista, golpista, extremista. E se o inimigo morrer, melhor ainda: é uma boca a menos para incomodar.
Vejam que ironia: a esquerda, que tanto prega o respeito às minorias, simplesmente esqueceu de respeitar…pessoas!
Como bem disse Ayn Rand, “a menor minoria na Terra é o indivíduo”. Defender o indivíduo é defender a liberdade de expressão. Mas o que temos visto é a tentativa de destruir a voz, o pensamento, a opinião. Quando isso acontece nos Estados Unidos, “the land of the free”, cuja Primeira Emenda garante ao povo o direito de falar, escrever, reunir-se e peticionar, todos deveríamos soar o alarme. É o sinal vermelho acionado, o aviso de que já passamos do ponto de refletir: é hora de mudar a estratégia do jogo.
No Brasil, a Constituição de 1988, no artigo 5º, inciso IX, assegura que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Mesmo assim, o que vemos é o STF removendo conteúdos da internet ao sabor de seus incômodos. A última novidade? O ministro Flávio Dino, incomodado com a revolta ocorrida no Nepal (que derrubou o governo local), pediu investigação sobre supostas ameaças contra sua pessoa porque circulava a frase “Nepal já”.
Eu defendo a liberdade irrestrita de expressão. Porém, vou dar uma dica: querem ameaçar o Dino? Não o façam. Porque, se fizerem, responderão civil e criminalmente nos termos do mesmo artigo 5º que mencionei acima. E com justiça, diga-se. E mais: ao cometer esse erro, ainda darão munição para que a esquerda pinte a direita como violenta, radical, extremista. Não caiam nessa armadilha.
O foco precisa ser claro: punir quem promove discurso de ódio real. A sociedade espera providências contra aqueles que escreveram “bom paredão”, “boa bala” e “boa cova” a conservadores. Isso, sim, é extremismo — e não pode ser tratado com silêncio cúmplice.
Sejamos superiores, sim. Façamos o certo. Porque a guerra pode até estar travada entre homens e mulheres, mas a luta espiritual é muito mais importante. E talvez esse seja o grande legado de Charlie Kirk: mais um grande homem que deixou este mundo para se tornar uma lenda. E a história…essa não absolverá quem silencia diante do ódio; ela apenas registrará quem teve coragem de enfrentá-lo.
Ali Klemt
@ali.klemt