Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 26 de março de 2023
Fazer intercâmbio pode ter inúmeros benefícios na carreira de um profissional qualificado. Além do desenvolvimento de características pessoais, a vivência no exterior traz fluência na língua do país de destino e valorização do currículo. Mas é preciso avaliar com calma todo o contexto e cenário que o intercambista vai enfrentar.
Antes de definir o destino é preciso avaliar o valor pago à agência especializada no ramo e o custo de vida local, qual o peso da moeda no país e as diferenças culturais. Outro ponto é ter consciência que, eventualmente, haverá gastos não programados, como despesas pessoais ou até mesmo de saúde – mercado, farmácia, entre outros.
Neste cenário, o presidente da Associação Brasileira de Agência de Intercâmbio (Belta), Alexandre Argento, explica que um pacote de intercâmbio costuma ser vendido já com refeições, parte acadêmica e acomodação inclusos. Mas, além disso, há o custo do processo de visto e o seguro. “O estudante não pode sair do Brasil sem um seguro, porque, além do custo não ser um absurdo, se a pessoa não o tiver e precisar de algo, o gasto será bem maior”, diz ele.
Em relação ao custo-benefício, é necessário ter alguns cuidados já que existem inúmeros fatores quem podem tornar – ou não – um local ideal, e isso vai variar de acordo com o tipo – estudo de idioma, graduação ou pós, entre outros. Vale ressaltar que um bom custo-benefício não quer dizer barato.
Custos
Saiba o que considerar na hora de planejar o orçamento do intercambista.
Passagem aérea: talvez um dos mais óbvios, mas que faz uma diferença enorme no orçamento;
Dinheiro para necessidades básicas: mesmo com refeições no pacote, a pessoa terá de ir ao mercado, almoçar, eventualmente realizar passeios;
Exigência de depósito: alguns países exigem um depósito em conta local para liberação de visto. Na Irlanda, por exemplo, são 3 mil euros – e existe uma possibilidade de este valor aumentar para algo próximo de 4,5 mil euros, a partir de julho;
Visto: no Brasil, quem mora perto de um consulado vai apenas arcar com as taxas necessárias. Mas, para quem é de cidade ou Estado longe do local, será necessário viajar, talvez até gastar com hospedagem, para conseguir as autorizações;
Seguro viagem: algo indispensável. Caso o intercambista não o tenha e, eventualmente, necessite de algum auxílio ou atendimento, vai precisar gastar muito mais dinheiro
Destinos indicados
A Irlanda é apontada pela Associação Brasileira de Agência de Intercâmbio (Belta) com um dos destinos em que os custos são mais vantajosos. O valor médio referente a um ano varia entre de R$ 15 mil a R$ 17 mil por curso de inglês, podendo variar conforme a escola e cidade. O país também exige depósito, em conta local, de 3 mil euros – valor que pode ser atualizado para cerca de 4,5 mil euros a partir de julho. O custo de vida mensal é de aproximadamente R$ 5,7 mil. O ponto negativo da Irlanda é a acomodação, com preços altos e muito disputada, além de clima frio e chuvoso em boa parte do ano.
Outro destino indicado seria a África do Sul. O valor paras 6 meses de intercâmbio gira em torno de R$ 19 mil e o custo de vida mensal – incluindo moradia e refeição – é de aproximadamente R$ 6 mil. Além disso, para estar na África do Sul por até 90 dias, não é preciso visto. O ponto negativo é a limitação de opções de voos, o que pode encarecer a passagem.
Baby-sitter
De acordo com Argento, da Belta, existe um tipo de intercâmbio nos Estados Unidos que se diferencia dos demais pelo custo: trabalho como babá – baby-sitter. Segundo ele, existe um visto específico para isso, que, incluindo com taxas, tudo deve ficar em torno de R$ 5 mil. A autorização dura por um ano, podendo ser prorrogada por mais um. É necessário experiência prévia. “Geralmente, a família americana deixa carro à disposição, para trajeto das crianças, celular para comunicação, além de um salário, que pode chegar a US$ 500 por mês”, explica.
No Ar: Debate Show