Sábado, 11 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de outubro de 2025
A Polícia Federal cumpriu nesta semana 66 mandados de busca e apreensão em uma nova fase da operação contra fraudes em descontos aplicados sobre aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A operação foi deflagrada por ordem do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).
— Entre os alvos estão:
* O Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), em São Paulo, ligado a José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
* O diretor do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho;
* A entidade Amar Brasil, que recebeu cerca de R$ 300 milhões com os descontos.
A nova fase da operação da PF mira associações e sindicatos que, segundo os investigadores, estariam envolvidos na realização de descontos indevidos diretamente nas aposentadorias e pensões administradas pelo INSS.
— Onde estão e quantos são os alvos da operação:
* São Paulo: 45;
* Sergipe: 12;
* Amazonas: 1;
* Rio Grande do Norte: 1;
* Santa Catarina: 2;
* Pernambuco: 2;
* Bahia: 2;
* Distrito Federal: 1.
De acordo com a Polícia Federal, essas associações e sindicatos são suspeitos de usar dados pessoais de aposentados sem o consentimento deles, com o objetivo de realizar os descontos automaticamente nos benefícios. A investigação aponta que o esquema teria sido possível por meio do acesso indevido às informações dos segurados, o que teria viabilizado a prática das fraudes em grande escala.
Os investigadores também estão em busca de provas relacionadas à ocultação e dilapidação de patrimônio por parte dos envolvidos. A suspeita é de que os responsáveis tenham tomado medidas para esconder os valores obtidos por meio dos descontos, dificultando o rastreamento dos recursos desviados. Segundo o inquérito, houve uma pulverização significativa da maior parte do dinheiro desviado, dificultando o rastreio dos valores por meio de transferências para diferentes contas e instituições.
Investigações
O esquema de descontos irregulares nos contracheques dos aposentados começou a ser investigado pela Polícia Federal em abril deste ano, quando foi deflagrada a primeira fase da operação. Desde então, as apurações se expandiram, alcançando diferentes estados e ampliando o número de suspeitos.
Entre os principais investigados estão Antônio Carlos Camilo, conhecido como o “careca do INSS”, apontado como lobista do esquema, e o empresário Maurício Camisotti, ligado a associações suspeitas de envolvimento nas irregularidades. Ambos negam envolvimento nos crimes. (Com informações de O Estado de S. Paulo)