Sexta-feira, 11 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de julho de 2025
A partir deste sábado (12), quando o Campeonato Brasileiro retornar após a pausa para a Copa do Mundo de Clubes, passa a ser obrigatória a utilização de reconhecimento facial para o acesso de torcedores nos estádios do Brasil, com capacidade superior a 20 mil lugares, imposta pela Lei Geral do Esporte (Lei 14.597/2023).
“O reconhecimento facial tem sido um divisor de águas para a inovação dos clubes brasileiros. Essa tecnologia de última geração contribui para que os torcedores tenham uma experiência de acesso mais rápida e conveniente. É possível acessar somente com o rosto, sem precisar carregar mídias físicas ou cartões, e a validação acontece em menos de 1 segundo”, explica Tironi Paz Ortiz, CEO e fundador da Imply, empresa de reconhecimento facial em diversos estádios do Brasil.
De acordo com o executivo, a nova tecnologia trouxe praticidade aos torcedores, além de praticamente acabar com algo que parecia impossível: o cambismo. “O ingresso físico ou digital passou a ser o rosto da pessoa, por meio de um único CPF”, diz.
Mais segurança
“A tecnologia, que valida e cruza dados biométricos e documentos com bases de segurança oficiais, reforça o compromisso com a integridade e segurança dos eventos esportivos, impedindo o acesso de usuários sem permissão”, acrescenta Tironi Paz Ortiz.
Fontes ouvidas pela reportagem apontam que esses investimentos superam os R$ 100 milhões com a tecnologia. Estima-se que o custo total de operação, incluindo montagem das catracas e manutenção, varie entre R$ 4 e R$ 9 milhões, a depender do tamanho de cada estádio.
“O reconhecimento facial torna o acesso do público ao estádio mais simples, rápido e reforça ainda mais a segurança. Assim, a inserção de tecnologias como esta melhora de forma considerável a experiência dos fãs, que têm mais proveito e conforto na ida ao estádio”, comenta Vitor Roma, CEO da Keeggo, consultoria de tecnologia.
Recentemente, no jogo entre Fortaleza x Colo Colo, pela Copa Libertadores, mais de 500 de torcedores do time chileno, que estavam proibidos pela Justiça de entrarem no estádio, foram identificados e bloqueados na tentativa de compra de ingressos para o setor destinado à torcida do Fortaleza, na Arena Castelão, que conta com a tecnologia.
O Santos, por exemplo, opera com 100% dos acessos à Vila Belmiro controlados por reconhecimento facial desde o fim do ano passado. A implementação do sistema começou em junho de 2024, de forma gradual, em alguns setores do estádio, e foi concluída integralmente no final de 2024. Como parte de um projeto de modernização e segurança, o sistema biométrico também será interligado à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
“O reconhecimento facial é um avanço fundamental no combate à atuação de cambistas e na garantia de mais conforto e segurança para os nossos torcedores e sócios. Já notamos uma melhora significativa neste aspecto em 2025, e também uma economia relevante ao reduzirmos fraudes nos acessos ao estádio”, destaca o presidente Marcelo Teixeira.
Victor Grunberg, vice-presidente do Inter, comenta sobre as vantagens da ferramenta: “Entendo que a medida de tornar obrigatório o reconhecimento facial para estádios acima de 20 mil pessoas é extremamente válida. É uma forma eficaz de controle de segurança, porque é possível identificar todas as pessoas que estão ali e evitar que esteja num evento privado, que é o futebol, pessoas que têm um conflito com a lei e que potencialmente podem causar problemas dentro do estádio”.
(Com CNN)
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