Domingo, 09 de Novembro de 2025

Home Brasil Reforma administrativa: serviço público desagrada a quase metade dos brasileiros; pesquisa aponta insatisfação com privilégios e corrupção

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Pesquisa sobre a necessidade de uma reforma administrativa no País mostrou que quase metade dos brasileiros está insatisfeita com a qualidade do serviço público, informa Alvaro Gribel. Desde outubro, a Câmara tem em mãos proposta para alterar as regras do funcionalismo municipal, estadual e da União. Se por um lado os dados apontam que o servidor não é visto como um “vilão”, por outro sondagem da Atlas Intel com o Instituto República indica que há muito a ser melhorado. Para 40% dos entrevistados, a reforma administrativa deve ter como principal objetivo combater privilégios como supersalários, férias remuneradas de 60 dias e aposentadoria compulsória para fins de punição. Para 37,4%, a reforma deve aumentar a transparência no combate à corrupção.

Quase a metade dos brasileiros está insatisfeita com a qualidade do serviço público. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Atlas Intel com o Instituto República sobre a necessidade de uma reforma administrativa no País. Desde o mês passado, a Câmara tem uma proposta para alterar as regras do funcionalismo municipal, estadual e municipal.

Se por um lado os dados apontam que o servidor não é visto como um “vilão”, por outro, a pesquisa indica que há vários pontos que podem ser melhorados com a reforma administrativa para aumentar o grau de satisfação da população com o serviço público ( mais informações na pág. B2)

“Existe a percepção evidente de valor do serviço público. Não vemos uma demanda para acabar com o serviço público, o servidor não é vilão. Mas, ao mesmo tempo, é muito clara a percepção de que existem oportunidades para melhoria de eficiência”, diz o CEO da Atlas, Andrei Roman.

Entre os pontos que mais chamaram atenção na pesquisa está a percepção de privilégios concedidos a servidores do Poder Judiciário, como os supersalários, as férias remuneradas de 60 dias e a aposentadoria compulsória como forma de punição.

“Isso é visto como injusto até pelos próprios servidores, porque são benefícios restritos a uma minoria. Me parece que há um consenso de que é necessário combater privilégios”, diz.

Procurado, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) não respondeu à reportagem até ontem à noite. Reportagem do Estadão mostrou que o governo concorda em parte com o texto apresentado no Legislativo, mas teme que medidas contidas ali possam estremecer a relação histórica do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o funcionalismo.

A sondagem também avaliou propostas contidas na reforma proposta pelo deputado Pedro Paulo (PSDRJ), em tramitação no Congresso Nacional, que é dividida em quatro eixos: estratégia, governança e gestão, transformação digital e profissionalização.

Para Pedro Paulo, os números da pesquisa mostram aderência da população a algumas mudanças sugeridas pelo texto – embora o levantamento também aponte que a proposta ainda é pouco conhecida pelos brasileiros.

“A pesquisa mostra que avaliação da administração pública é negativa e reforça a urgência da reforma. Um nível de aprovação do texto que propomos excelente, mesmo ainda com uma parcela de desconhecimento”, afirmou Pedro Paulo. “Quanto mais o debate público aprofundar, aumentará a aprovação, é só olhar a extraordinário apoio de cada uma das medidas, algumas superando 80%”, disse. Com informações do portal Estadão.

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