Sábado, 20 de Dezembro de 2025

Home Política Relator da CPMI do INSS vê chance “muito grande” de participação de Lulinha em desvios

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Na esteira da nova fase da Operação Sem Desconto da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL) protocolou um novo pedido de convocação para o depoimento de Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Será a segunda vez que a Comissão tentará ouvi-lo para falar sobre uma suposta participação no esquema de desvios de aposentadorias que somaram R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024.

Na ação de quinta-feira (18), a Polícia Federal (PF) apurou o pagamento recorrente de uma mesada de R$ 300 mil a uma empresa ligada à empresária Roberta Luchsinger, apontada como amiga de Lulinha. Na investigação, um personagem central do esquema de fraudes, Antônio Carlos Antunes, chamado de “Careca do INSS”, cita que o valor seria destinado ao “filho do rapaz”.

Para o relator, os novos fatos precisam ser investigados. O deputado Alfredo Gaspar disse que os “recursos financeiros indicam uma probabilidade muito grande de se tratar de vantagem indevida”. Segundo o parlamentar, “as provas têm fundamentos concretos” contra o filho do presidente. O pedido de prorrogação da Comissão por mais 120 dias foi protocolado nessa sexta-feira (19). Portanto, os depoimentos, se aprovados, ocorrerão no ano que vem.

O presidente Lula afirmou na quinta-feira que todas as pessoas que tenham envolvimento no esquema de fraudes em aposentadorias do INSS serão investigadas e eventualmente punidas.

Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula foi questionado sobre as investigações da PF e a suposta parceria comercial entre Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e o seu filho Lulinha.

“Muitas das coisas estão em segredo de Estado. Já li notícias e tenho dito para ministros e à CPI que é importante ter seriedade, que se possa investigar todas as pessoas envolvidas. Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu envolvido nisso, ele será investigado”, disse o petista.

Operação

A Operação Sem Desconto investiga um esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS. Em abril, investigações da PF revelaram um esquema criminoso para realizar descontos irregulares de valores recebidos por aposentados e pensionistas, ocorridos no período de 2019 a 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.

Nesta nova fase, a PF prendeu Romeu Carvalho Antunes, filho do “Careca do INSS” e preso pelo mesmo esquema desde setembro, e Eric Fidélis, filho do ex-diretor de Benefícios do órgão, André Fidelis.

O ministro do STF André Mendonça também decretou a prisão domiciliar de Adroaldo Portal, que era secretário-executivo do Ministério da Previdência Social e foi exonerado após a operação desta quinta.

A PF chegou a pedir ao Supremo a prisão do senador Weverton Rocha (PDT-MA), mas a Procuradoria-Geral da República se posicionou contra a medida. O parlamentar, contudo, foi alvo de mandado de busca e apreensão. (Com informações da revista Veja)

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