Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 28 de dezembro de 2025
A atriz francesa Brigitte Bardot morreu neste domingo (28), aos 91 anos. A informação foi confirmada por sua fundação dedicada ao bem estar animal.
Bardot tornou-se mundialmente famosa nas décadas de 1950 e 1960 por suas atuações de espírito livre e magnetismo sexual nas telas de cinema. Ela parou de atuar na década de 1970, mudou-se permanentemente para a cidade de Saint-Tropez, na Riviera Francesa, e dedicou-se à causa do bem-estar animal por meio de uma fundação em seu nome.
Infância em Paris
Bardot nasceu em Paris em uma família burguesa em 28 de setembro de 1934. Seu pai, Louis Bardot, era um industrial, mas também um poeta e um cineasta amador; sua mãe, Anne-Marie, gostava de moda e de ballet.
A irmã, Marie-Jeanne, nasceu em 1938. As meninas tiveram uma educação rigorosa, mas a família tinha uma vida confortável, viajavam e faziam filmes caseiros. Quando criança, Brigitte estudou ballet e chegou a considerar uma carreira na dança.
No entanto, começou a trabalhar como modelo. Em 1948, a mãe convenceu seu amigo Jean Barthet, um famoso designer de chapéus, a contratar Brigitte, de 14 anos, para mostrar os seus chapéus enquanto dançava ao som da música de Tchaikovsky para o Lago dos Cisnes.
O desfile de Barthet levou a trabalhos fotográficos para revistas femininas, como Les Cahiers du Jardin des Modes, Les Veillées des Chaumières e Modes et Tricots, e depois para a Elle, a revista feminina francesa mais influente, que tinha começado a ser publicada em 1945.
Brigitte tinha 15 anos quando em maio de 1949 apareceu na capa da Elle pela primeira vez. Muitas mais capas se seguiram. Sua beleza foi imediatamente notada. Com olhos grandes e cabelo longo, media 1,68m e tinha uma figura esguia e delicada. A formação em ballet ajudava com a postura perfeita.
De modelo a atriz
Das passarelas, pulou para o cinema. Quando tinha 16 anos, o diretor Marc Allégret convidou-a para fazer uma audição para um filme. Brigitte não conseguiu o papel, mas conheceu Roger Vadim, que tinha 22 anos. Foi amor à primeira vista.
Os pais eram contra o namoro e quiseram mandar a filha para Londres para estudar, mas Brigitte ameaçou tirar a própria vida. Os pais cederam, mas disseram que ela teria de esperar até a maioridade para casar. Aos 18 anos, Brigitte casou com Roger Vadim.
O casamento aconteceu em 21 de dezembro de 1952 na igreja católica Notre-Dame de Grâce de Passy, em Paris. A cerimônia tradicional, para agradar a família, foi também um momento da libertação. A partir de então, Brigitte poderia fazer o que quisesse.
Em 29 de dezembro de 1952, uma publicação de duas páginas na Elle mostrava a modelo recém-casada, fotografada no seu apartamento, com sapatilhas de ballet e o seu longo cabelo castanho-claro preso num rabo de cavalo, com uma franja ondulada.
A esta altura, ela já tinha começado a fazer os primeiros papéis no cinema e a sua presença nas telonas era cada vez mais frequente. Mas foi em 1956, com “E Deus criou a Mulher”, que se tornou realmente conhecida.
Foi a estreia de Roger Vadim como diretor, com Bardot contracenando com Jean-Louis Trintignant e Curt Jurgens. O filme sobre uma adolescente imoral em cidade pequena foi um enorme sucesso, não só na França, mas em todo o mundo, ficando entre os dez filmes mais populares no Reino Unido em 1957.
Nos Estados Unidos, foi o filme estrangeiro com a maior receita de bilheteira da história até aquele momento: quatro milhões de dólares. O filme também escandalizou a sociedade americana, sendo censurado por algumas salas. Com informações do portal CNN.