Sexta-feira, 03 de Maio de 2024

Home Economia Renda dos brasileiros no primeiro trimestre tem queda de 8,7% em um ano

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Os rendimentos habituais reais médios dos brasileiros recuaram 8,7% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 2.548, diz o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com base nos números da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE.

Trata-se do quarto trimestre consecutivo de queda na renda, na comparação anual. Considerando os trimestres móveis, o recuo da renda habitual é o décimo consecutivo acima de 5%.

A renda habitual considera apenas o fluxo constante de pagamentos do trabalhador, sem acréscimos extraordinários, como décimo terceiro salário, férias ou horas extras. Se considerarmos a renda média efetiva, que inclui esses recebimentos pontuais, a queda foi de 6,2%. Já em relação do mesmo período de 2020, o recuo foi de 8,5%.

O Ipea ressalta em carta de conjuntura que, apesar de parte desse movimento descendente ser o inverso do observado ao longo de 2020, quando os rendimentos habituais apresentaram um crescimento acelerado, a renda habitual encontra-se abaixo dos níveis observados antes da pandemia.

Em comparação ao quarto trimestre, quando a renda média habitual atingiu o menor nível da série histórica do IBGE, iniciada há 10 anos, o valor de janeiro a março de 2022 é 1,5% maior.

Outro movimento observado pelo instituto no primeiro trimestre de 2022 foi um novo aumento no número de domicílios sem renda do trabalho, que passaram a representar 23,3% do total.

Esse número havia saltado de 22,3% no primeiro trimestre de 2020 para 28,5% no segundo, por conta da pandemia. Nos três últimos meses de 2021, no entanto, caiu para 22,2%, aproximando-se dos patamares anteriores à pandemia.

Todos os grupos demográficos tiveram diminuição na renda habitual. As maiores quedas foram registradas no Sudeste e Sul, entre os trabalhadores mais velhos e com ensino superior.

Na renda efetiva, trabalhadores do Norte, mais jovens e com ensino fundamental foram os únicos a apresentarem pequenos aumentos no primeiro trimestre de 2022. O pior impacto da queda nos rendimentos no primeiro trimestre foi nos trabalhadores do setor público, com quedas da renda habitual e efetiva de 12,9% e 10,9%, respectivamente.

Os empregados do setor privado (com carteira ou sem carteira) também apresentaram quedas nos rendimentos, porém menores que as observadas no trimestre anterior, diz o Ipea.

Os trabalhadores por conta própria, que haviam registrado um crescimento da renda efetiva nos últimos trimestres, e apresentado quedas menores na renda habitual, mostraram uma deterioração da renda no início de 2022, com quedas das rendas efetivas e habituais de 2,8% e 6,4% respectivamente.

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