Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025

Home Política Restrições de vistos pelos Estados Unidos são “absurdas e injustas”, afirma o ministro das Relações Exteriores do Brasil

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou nessa sexta-feira (19) as restrições de vistos impostas pelos Estados Unidos a autoridades brasileiras. Um dos destaques é o titular do Ministério da Saúde, Alexandre Padilha.

Padilha recebeu o documento dos EUA, mas desistiu, porque teria a circulação limitada a cinco quarteirões do hotel onde estivesse hospedado em Nova York. Isso o impediria de se deslocar para Washington, para participar da conferência internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

“São restrições que não têm cabimento, injustas, absurdas”, declarou Vieira, após se reunir com a representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas.

Vieira disse ter pedido ajuda ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock. Ele afirmou esperar que a questão seja resolvida.

“Nós estamos relatando, e pedindo a interferência do secretário-geral (da ONU) junto ao país-sede (EUA), que é o procedimento. Tratamos do tema nos canais disponíveis, e estamos esperando agora a ação do secretário-geral da ONU e da presidente da Assembleia Geral”, afirmou.

A demora na concessão de vistos aos membros da delegação que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova York é mais um motivo de desgaste nas relações entre Brasil e EUA. O governo americano prometeu novas sanções contra autoridades brasileiras na próxima semana.

O cancelamento de vistos pelos EUA é uma resposta ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a condicionar uma negociação comercial com o Brasil, para eliminar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, ao arquivamento do processo contra o ex-presidente.

Entre as sanções adotadas pelos EUA contra autoridades brasileiras, a mais comum é o cancelamento de vistos. A mulher e a filha de Padilha, por exemplo, não podem mais entrar em território americano. Padilha só não foi atingido, porque seu documento havia perdido a validade no ano passado. Outros dois servidores federais também tiveram seus vistos suspensos. Motivo: participaram da implementação do programa Mais Médicos, considerado pela Casa Branca como um meio de exploração do trabalho de profissionais cubanos no Brasil.

Na última terça-feira, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, recebeu a autorização. Seu ingresso nos EUA tinha sido suspenso havia algumas semanas pelo Departamento de Estado americano. As informações são do jornal O Globo.

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