Sábado, 12 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de julho de 2025
Acostumado a aumentar sua coleção de troféus a cada temporada, o Real Madrid terminou a atual com uma ressaca a ser curada e a sensação de que precisa reorganizar a casa. A derrota por 4 a 0 para o PSG na semifinal do Mundial de Clubes – a quinta partida em que sofreu quatro gols ou mais em nove meses – e o começo de trabalho do técnico Xabi Alonso jogaram os holofotes sobre o futuro de alguns jogadores. Entre eles, os brasileiros.
Nomes importantes da seleção podem iniciar a última temporada do ciclo para a Copa de 2026 sob pressão ou até em novos ares. Neste sentido, ninguém tem o futuro tão indefinido quanto Rodrygo. O atacante, que já havia sido desfalque na reta final do Espanhol sem que o Real explicasse direito sua situação, não parece ter agradado a Xabi Alonso.
Rodrygo retornou ao time para a disputa do Mundial e foi titular logo na estreia, contra o Al Hilal. Esteve em campo por 65 minutos e deu a assistência para o gol de Gonzalo García. Mas depois emendou uma sequência de cinco partidas iniciando no banco. E de lá não saiu em três delas. Inclusive a última, diante do rival francês.
“Neste campeonato não tomei decisões que tenham a ver com o futuro”, justificou-se o técnico ao ser perguntado sobre os poucos minutos dados ao brasileiro.
De acordo com a imprensa espanhola, uma eventual saída de Rodrygo nesta janela de transferências não está descartada. Mas a decisão de vendê-lo ou seguir apostando nele ainda não foi tomada. Envolve uma série de fatores: o interesse da direção, a vontade do próprio jogador, cujo contrato vai até junho de 2028, e o surgimento de uma proposta que seja considerada aceitável.
A perda de espaço de Rodrygo coincide com a ascensão de Arda Güller. O turco de 20 anos foi um dos atletas aproveitados pelo Real Madrid neste começo de era Xabi Alonso. O outro foi Gonzalo García, de 21 anos. O centroavante da base foi titular em todos os jogos do Mundial, marcou quatro gols e deu uma assistência. Deve permanecer no elenco principal na volta das férias e ser um problema para Endrick.
A boa performance de Gonzalo nos Estados Unidos faz com que o brasileiro já não seja mais uma unanimidade como reserva de Mbappé. Agora, a discussão em Madri gira em torno de emprestar um dos dois na próxima temporada ou mantê-los sob o risco de um deles ficar subutilizado.
Em relação a Vini Jr não há dúvidas sobre seu futuro. No entanto, a temporada termina com muitas queixas da torcida e da imprensa a ele e Mbappé. Os dois, que deveriam formar a dupla de ataque dos sonhos para qualquer equipe, vem sendo cobrados principalmente por colaborarem pouco na fase defensiva do time. Seja na primeira pressão à saída do adversário, considerada frouxa, seja no recuo durante a recomposição, visto como lento.
A tendência é que Vini seja mais exigido defensivamente na próxima temporada. A ver como isso afetará seu desempenho ofensivo.
“Falo como time. E hoje, em certos momentos, às vezes é bom ver os erros para que te sirvam no futuro”, disse Alonso quando lhe perguntaram se há margem de melhora para sua dupla de ataque.
Quem encerra a temporada com motivos para celebrar é Éder Militão. Seu retorno oito meses após lesão no joelho direito foi festejado pelo clube, principalmente num dia em que Asensio e Rüdiger cometeram falhas graves. O defensor brasileiro certamente voltará das férias sob muita expectativa.
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