Terça-feira, 30 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 30 de dezembro de 2025
A Rússia afirmou nesta terça-feira (30) que vai endurecer a sua posição nas negociações para o fim da guerra com a Ucrânia, após acusar o governo ucraniano de atacar uma das residências do presidente Vladimir Putin, alegação que Kiev classificou como infundada e que teria o objetivo de prolongar o conflito.
“Essa ação terrorista visa colapsar o processo de negociação. A consequência diplomática será o endurecimento da posição negocial da Federação Russa”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas. Ele afirmou ainda que os militares sabem quando e como responder.
Uma postura de negociação mais dura complicaria os esforços liderados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para pôr fim ao conflito mais sangrento na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
A Ucrânia afirmou que as acusações da Rússia são “mentiras” destinadas a justificar mais ataques, destacando que o Kremlin não apresentou nenhuma prova “porque não há nenhuma”.
A Rússia alegou na segunda-feira (29) que as forças ucranianas atacaram uma residência presidencial na região de Novgorod com 91 drones de longo alcance. O governo russo alertou que retaliaria a ofensiva e revisaria sua posição nas negociações, mas que não abandonaria as conversas sobre um possível acordo de paz.
Ucrânia nega ataque
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, afirmou nesta terça que a Rússia não apresentou nenhuma prova plausível das suas acusações. “E não apresentarão. Porque não há nenhuma. Nenhum ataque desse tipo aconteceu”, ressaltou Sybiha.
“A Rússia tem um longo histórico de falsas alegações. Essa é a sua tática característica”, acrescentou.