Terça-feira, 14 de Maio de 2024

Home em foco Rússia diz que doações de armas à Ucrânia “testam a sua paciência”, após Putin fazer nova ameaça nuclear

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O governo da Rússia reiterou nesta quinta-feira (28) que o fornecimento de armas pesadas à Ucrânia por países ocidentais ameaça a segurança na Europa. O país também disse que ataques dentro de território russo “testam sua paciência”. Também nesta quinta, a Otan disse estar pronta para apoiar Kiev por anos na guerra contra a Rússia.

A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, acusou países ocidentais de incentivarem a Ucrânia a atacar alvos em território russo:

“Tais agressões contra a Rússia não podem ficar sem resposta. Mais provocações que levem a Ucrânia a atacar as instalações russas serão recebidas com uma resposta dura da Rússia. Não aconselhamos a continuarem testando nossa paciência.”

Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o fornecimento de armas à Ucrânia pelo Ocidente ameaça a segurança na Europa.

“A tendência de encher a Ucrânia e outros países de armas são ações que ameaçam a segurança do continente e causam instabilidade”, disse Peskov em sua entrevista coletiva diária.

No mesmo dia, durante a noite, a Rússia lançou uma série de ataques aéreos, os primeiros desde o começo do mês, contra a capital ucraniana, Kiev, durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, à cidade. Segundo um porta-voz, a comitiva se encontra segura, porém “abalada” após a ação.

Ao todo, disse Zelensky, a cidade foi atingida por cinco mísseis — um deles, segundo o portal Ukrinform, provocou danos em um prédio residencial de 25 andares, e cinco pessoas foram resgatadas no local.

Ainda nesta quinta, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a aliança está se preparando “para fornecer apoio por um longo período de tempo” e também para “ajudar a Ucrânia a passar de equipamentos antigos da era soviética para armas e sistemas mais modernos, que também exigirão mais treinamento”.

“Precisamos estar preparados em longo prazo. Existe absolutamente a possibilidade de que essa guerra se arraste e dure meses ou anos”, disse Stoltenberg em uma cúpula de jovens em Bruxelas.

O fornecimento de armas e ataques a alvos como paióis e depósitos militares de combustível em território russo, perto da fronteira, crescentemente são pontos de tensão na guerra.

A Rússia já alertou anteriormente que consideraria as armas fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia como “alvos legítimos” de suas Forças Armadas.

O principal temor é de que, em algum momento, a Rússia decida atacar cadeias de fornecimento de armas em território fora da Ucrânia, como na Polônia. Isto significaria um ataque contra um membro Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e representaria uma evolução significativa do conflito.

Na quarta (27), o presidente russo, Vladimir Putin, emitiu um novo alerta, com uma ameaça nuclear subentendida, durante uma fala no Parlamento em São Petersburgo:

“Se alguém decidir se intrometer em eventos em andamento e criar ameaças estratégicas inaceitáveis para a Rússia, deve saber que nossa resposta será rápida como um raio”, afirmou o presidente russo. “Temos todos os instrumentos para isso, dos quais ninguém mais pode se gabar. E nós os usaremos, se preciso for. Quero que todos saibam: tomamos todas as decisões sobre essa questão.”

O assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak — que lidera a delegação responsável por negociações diplomáticas com a Rússia — defendeu o direito da Ucrânia de atacar alvos militares dentro da Rússia, alegando legítima defesa. “A Rússia ataca a Ucrânia e mata civis. A Ucrânia se defenderá por todos os meios, inclusive com ataques contra depósitos e bases dos assassinos russos. O mundo reconhece esse direito”, escreveu em uma rede social.

O secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, disse nesta quinta considerar legítimo que as forças ucranianas atacassem a logística russa para prejudicar seu suprimento de alimentos, combustível e munição.

“Parte da defesa nesse tipo de invasão é, obviamente para a Ucrânia, ir atrás das linhas de abastecimento do Exército russo. Porque sem combustível, comida e munição, o Exército russo para e não consegue mais continuar sua invasão”, disse Wallace. “Se a Ucrânia optar por mirar na infraestrutura logística para o Exército russo, isso seria legítimo sob a lei internacional.”

As tensões entre o Reino Unido e a Rússia aumentaram nesta semana, após Moscou acusar Londres de provocar a Ucrânia a atacar alvos dentro da Rússia, dizendo que haveria uma “resposta proporcional” imediata se isto continuasse.

Wallace disse que o Reino Unido enviou artilharia para a Ucrânia que era usada dentro da Ucrânia contra as forças russas, mas acrescentou que não havia o envio, sendo improvável fazer isso no futuro, de armas que pudessem ser usadas para ataques de longo alcance.

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