Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de março de 2022
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou nessa terça-feira (15), sanções contra o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e outros indivíduos ligados às gestões atual e anteriores da Casa Branca.
Em comunicado, o órgão russo explica que a medida é uma retaliação pelo pacote de sanções imposto pelos EUA contra Moscou, em meio ao conflito causado pela invasão russa na Ucrânia.
O ministério ressalta que a decisão resulta da postura “extremamente russofóbica” em Washington, “que, em uma tentativa desesperada de manter a hegemonia americana, confiou, descartando toda decência, na contenção frontal da Rússia”.
A pasta pondera que não se nega a manter relações oficiais se elas atenderem aos interesses necessários e que, se necessário, resolverá os problemas decorrentes da inclusão dos indivíduos à lista de sanções a fim de organizar contatos de alto nível.
A lista dos americanos alvos das sanções é composta por: Joe Biden, presidente dos Estados Unidos; Antony Blinken, secretário de Estado; Lloyd Austin, secretário de Defesa; Mark Milley, Chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA; Jacob Sullivan, assessor de Segurança Nacional; William Burns, diretor da CIA; Jen Psaki, secretária de Imprensa; Daleep Singh, vice-assessor de Segurança Nacional; Samantha Jane Power, diretora da Agência para Desenvolvimento Internacional; Hunter Biden, filho de Biden; Hillary Clinton, candidata democrata a presidente em 2016 e ex-secretária de Estado; Adewale Adeyemo, vice-secretário do Tesouro; Reta Jo Lewis, presidente da Export-Import Bank.
Sanções americanas
Também nessa terça, os Estados Unidos anunciaram novas sanções econômicas contra o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, e sua esposa, assim como cidadãos da Rússia e uma entidade do país, por corrupção e violações de direitos humanos, disse o Tesouro americano em comunicado.
Essas sanções miram em Lukashenko, aliado do presidente russo Vladimir Putin, e “chefe de um governo corrupto em Belarus, cuja rede de patrocínio beneficia sua comitiva e seu regime”, bem como sua esposa, afirmou o Tesouro.
As medidas fazem parte de um conjunto de sanções internacionais contra a Rússia e Belarus, isso é devido a algumas das tropas russas terem invadido a Ucrânia pelo país.
Além disso, uma juíza de Moscou, Natalia Mushnikova, foi sancionada sob a Lei Magnitsky Global, que visa combater a corrupção e os abusos dos direitos humanos.
Três funcionários chechenos e o ministério ao qual estavam ligados também foram incluídos na lista de restrições do Tesouro por sua participação na prisão de Oyub Titiev, chefe da ONG russa de direitos humanos Memorial na Chechênia, condenado por porte de drogas em um caso envolvendo seus apoiadores, considerado pelo Ocidente como uma montagem.
“As decisões demonstram que os Estados Unidos continuarão a impor consequências concretas e significativas àqueles que cometem atos de corrupção ou estão ligados a graves abusos dos direitos humanos”, disse a diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro, Andrea Gacki, citada no comunicado.
“Condenamos os ataques da Rússia aos corredores humanitários na Ucrânia e pedimos à Rússia que encerre sua guerra brutal e não provocada contra a Ucrânia”, completou.
As sanções do Tesouro congelam todos os ativos que os envolvidos possam ter nos Estados Unidos e proíbem qualquer transação através do sistema financeiro americano.
O Departamento de Estado dos EUA também anunciou medidas contra 11 funcionários do Ministério da Defesa russo em resposta à invasão da Ucrânia.