Segunda-feira, 06 de Maio de 2024

Home em foco Rússia não deve ser humilhada apesar do erro histórico de Putin, diz o presidente da França

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O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, criticou os apelos do presidente francês, Emmanuel Macron, para que a Rússia não seja humilhada, apesar do erro histórico de seu líder. Esse pedido, segundo o chanceler, “só pode humilhar a França”.

“Apelos para evitar humilhar a Rússia só podem humilhar a França ou qualquer outro país. Todos nós faríamos melhor se concentrássemos em colocar a Rússia no seu lugar. Isso trará paz e salvará vidas”, disse Kuleba no Twitter.

“Não devemos humilhar a Rússia para que, no dia em que os combates cessem, possamos construir uma ponte de saída por meios diplomáticos”, disse Macron em entrevista a jornais regionais publicada neste sábado. “Estou convencido de que é papel da França ser uma potência mediadora.”

Macron é um dos poucos líderes internacionais que tem procurado manter um diálogo com o presidente russo, Vladimir Putin, desde a invasão da Ucrânia por Moscou em 24 fevereiro.

Ele tem conversado regularmente com Putin como parte dos esforços para alcançar um cessar-fogo e iniciar uma negociação confiável entre Kiev e Moscou. “Acho, e disse a ele, que ele está cometendo um erro histórico e fundamental para seu povo, para si mesmo e para a história”, disse Macron.

A posição do líder francês, porém, tem sido repetidamente criticada por alguns parceiros do Leste e do Báltico na Europa, pois eles a veem como um minar dos esforços para pressionar Putin à mesa de negociações.

A França fornece apoio financeiro e militar à Ucrânia, mas Macron ainda não visitou Kiev, enquanto muitos de seus colegas europeus já o fizeram. Macron não descartou a possibilidade de ir à capital ucraniana.

Batalha pelo leste

As autoridades ucranianas garantiram que suas tropas estão recuperando terreno na cidade estratégica de Severodonetsk, no leste, sitiada nos últimos dias pelas forças russas, que a controlam parcialmente.

Mais de cem dias após Putin enviar suas tropas para a Ucrânia, milhares de pessoas morreram, milhões fugiram de suas casas e muitas cidades foram reduzidas a cinzas.

O avanço do Exército russo foi retardado pela feroz resistência ucraniana, frustrando uma ofensiva relâmpago em direção a Kiev para derrubar o governo pró-ocidental e forçando Moscou a se concentrar na bacia de mineração do Donbas.

A chave é a batalha por Severodonetsk, a maior cidade controlada pela Ucrânia na região separatista pró-Rússia de Luhansk, onde as tropas ucranianas estão resistindo depois quase perderem toda a cidade.

“Eles não a tomaram completamente”, garantiu o governador regional de Luhansk, Sergii Gaidai, na sexta-feira, observando que seus soldados recuperaram 20% do terreno depois de perder até 80% da cidade para os russos. “Assim que tivermos mais armas ocidentais de longo alcance, vamos recuar a artilharia deles (…) e a infantaria vai correr.”

A situação também é difícil em Lisichansk, cidade localizada em frente a Severodonetsk. Cerca de 60% das casas foram destruídas e as conexões de internet, telefone celular e gás foram cortadas, segundo o prefeito, Oleksandr Zaika.

O serviço de imprensa da presidência ucraniana afirmou que os russos mataram quatro civis na região de Luhansk. A Ucrânia também informou que um ataque com mísseis deixou duas vítimas no Porto de Odessa (sudoeste), sem especificar se ficaram feridas ou mortas.

Afirmação foi feita pelo secretário-geral adjunto e coordenador de crises da ONU para a Ucrânia nesta sexta-feira, dia em que a invasão russa completa 100 dias

Além disso, reportou a morte de quatro combatentes voluntários estrangeiros que lutavam contra as forças russas. A legião Internacional de Defesa da Ucrânia, uma brigada de voluntários, informou que os quatro homens da Alemanha, Holanda, Austrália e França morreram, mas não indicou onde ou em quais circunstâncias.

Apesar da resistência inesperada, as tropas russas controlam atualmente um quinto da Ucrânia, com um longo corredor ao longo da costa do Mar Negro e do Mar de Azov ligando a Península da Crimeia (sul) aos territórios do Donbas.

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