Sábado, 27 de Abril de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 9 de janeiro de 2022
Um enorme bloco de pedra caiu sobre um lago, na cidade turística de Capitólio, que fica em um dos braços da represa de Furnas, no Sul de Minas Gerais. Vários barcos estavam passeando pelo local na hora do acidente e pessoas morreram em decorrência da queda do bloco de pedra.
Em entrevista à meteorologista Josélia Pegorim, a geóloga Joana Sanchez, professora da Universidade de Goiás, explicou o que pode ter causado a queda do enorme bloco de pedra. Ela também alertou para a falta de avaliação técnica de risco geológico em locais turísticos, que se faz cada vez mais necessária com o aumento da visitação em áreas naturais. A entrevista completa com a professora pode ser vista pelo canal do YouTube do Climatempo Meteorologia.
A região de Capitólio, como todo o Sul de Minas Gerais, vem tendo pancadas de chuva frequentes, e muitas vezes com forte intensidade, desde dezembro de 2021, ocasionando um grande acúmulo de água no solo.
A chuva frequente que cai na região nos últimos 30 dias pode ser parte da explicação para a queda do enorme bloco de pedra, pois a água da chuva foi se acumulando entre as fendas.
O mapa do Instituto Nacional de Meteorologia mostra que em cinco dias, entre os dias 3 e 7 de janeiro de 2022, a região de Capitólio recebeu de 100 mm a 125 mm de chuva.
No período de 30 dias, entre 7 de dezembro e 7 de janeiro, o acumulado de precipitação pode ser estimado entre 300 mm a 400 mm.
Previsão – A região de Capitólio, como todo o Sul de Minas Gerais e a região da Serra da Canastra terá mais chuva nos próximos dias. Com a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, a chuva será frequente até pelo menos dia 13 de janeiro. É alto o risco de voltar a chover forte em vários momentos na região.
Investigação do acidente
Ainda não se sabe o que provocou o acidente. Além da Polícia Civil, a Marinha informou que um inquérito será instaurado para apurar as causas do deslizamento de pedras no Lago de Furnas.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (Progressista), disse em entrevista coletiva neste domingo (9) que não havia ocorrido acidentes como este e por isso não há um estudo ou análise geológica sobre os paredões.
Pela manhã o prefeito já tinha anunciado o fechamento do turismo aquático na cidade. Segundo ele, estão fechadas as entradas dos cânions e também do local conhecido como Cascatinha.
Segundo balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros na manhã de domingo, 50 militares estão empenhados na operação no cânion, entre bombeiros militares e militares da Marinha do Brasil; 11 mergulhadores dos bombeiros empenhados, especialistas nesse tipo de operação e já familiarizados com a área de busca; 4 lanchas e 3 motos aquáticas da Marinha e dos bombeiros lançadas no local de busca já delimitado, além do apoio de 7 viaturas.
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