Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 30 de julho de 2022
A distribuição recorde de dividendos anunciada pela Petrobras é apenas a “ponta do iceberg” no que se refere à possibilidade de o investidor ser remunerado por manter papéis de grandes companhias em sua carteira de ações. Além da estatal, que costuma liderar com folga as cifras, a mineradora Vale, o Banco do Brasil e Santander Brasil, ao lado de empresas industriais, também costumam ser boas pagadoras de dividendos.
Mas o que o negócio ganha ao remunerar (potencialmente) seu investidor duas vezes, uma pelo dividendo e outra pela (possível) valorização da ação? Segundo especialistas, esses negócios têm uma camada de proteção extra contra a instabilidade do mercado, como ocorre atualmente na Bolsa brasileira, a B3.
Isso não quer dizer, porém, que esses papéis estejam imunes à variação dos mercados e à realidade de seus setores. No top 10 da distribuição de dividendos até junho, considerado o comportamento do Ibovespa no acumulado do ano, cinco empresas operam acima da média do mercado – BB, BB Seguridade, Petrobras, Santander e CPFL -, enquanto as demais perdem acima do índice no ano.
Para Gustavo Pimenta, diretor financeiro da Vale, essa camada extra de segurança embute benefícios. “Uma ação valorizada ajuda a companhia a avançar em objetivos estratégicos, além de ser uma fonte de capital, que nos permite crescer, fazer financiamentos e negócios”, diz.
Como escolher
Segundo especialistas, na hora de escolher uma ação que paga dividendos, uma boa aposta é a busca pelo setor de energia. Entre as vantagens desse segmento estão a previsibilidade de faturamento, devido aos contratos de longo prazo, quanto proteção contra a inflação, por causa de reajustes anuais previstos nos acordos. Na privatização realizada em junho, a Eletrobras movimentou R$ 33,7 bilhões, demonstrando o interesse dos investidores no segmento.