Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de novembro de 2025
O nome de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, ganhou força nos bastidores de Brasília como principal cotado para ocupar a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quarta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, têm uma reunião marcada, e, segundo aliados do chefe do Executivo, Lula deve aproveitar o encontro para comunicar oficialmente a indicação de Messias ao cargo deixado pelo ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou no mês passado aos 67 anos.
Procurador da Fazenda Nacional desde 2007, Messias construiu uma carreira sólida na área jurídica do serviço público federal. Ao longo de sua trajetória, ocupou diferentes funções em governos do Partido dos Trabalhadores (PT), destacando-se pelo perfil técnico e pela atuação discreta nos bastidores. Sua experiência o levou a exercer o cargo de subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff, período em que ganhou visibilidade no cenário político.
O apelido “Bessias” tornou-se conhecido nacionalmente em 2016, após a divulgação de um áudio de uma conversa telefônica entre Dilma Rousseff e Lula, tornada pública no âmbito da Operação Lava-Jato. No diálogo, a então presidente afirmava que enviaria o termo de posse de Lula para a Casa Civil por meio de Messias – a quem se referiu como “Bessias” –, para ser utilizado “em caso de necessidade”. O episódio projetou o nome do advogado, que, desde então, manteve uma postura reservada e procurou reconstruir sua imagem com base na competência técnica e na discrição funcional.
Dentro do governo, Messias é visto como um nome de confiança de Lula e alguém com bom trânsito entre ministros e magistrados do Judiciário. Sua indicação é defendida por integrantes da base governista que desejam consolidar uma presença mais alinhada ao Executivo na Corte, sem abrir mão de um perfil técnico capaz de dialogar com diferentes alas do tribunal.
A conversa entre Lula e Pacheco será decisiva para avaliar o ambiente político no Senado Federal, responsável por sabatinar e aprovar o nome indicado ao STF. Segundo fontes do Palácio do Planalto, a articulação tem sido feita com cautela, buscando evitar resistências expressivas entre os parlamentares e assegurar uma votação tranquila na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. (Com informações de O Estado de Minas)