Terça-feira, 12 de Agosto de 2025

Home Política Saiba quem são os 14 deputados federais denunciados por motim bolsonarista na Câmara dos Deputados

Compartilhe esta notícia:

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria Parlamentar uma representação contra 14 deputados bolsonaristas que participaram do motim no plenário da Casa na última semana.

A ação é resultado de representações apresentadas por colegas e também pelo próprio presidente da Câmara. Os deputados ocuparam fisicamente a Mesa Diretora por cerca de 30 horas, bloqueando os trabalhos legislativos até a manhã da última quarta-feira (6).

O PL, partido com o maior número de parlamentares entre os denunciados, divulgou nota em solidariedade aos envolvidos, classificando a ocupação como um ato “pacífico e legítimo”.

— Veja quem são os parlamentares denunciados e as acusações:

Allan Garcês

Acusado de protagonizar atos que ultrapassaram os limites constitucionais e regimentais da função parlamentar, com quebra de decoro e obstrução deliberada das sessões, ao ocupar a Mesa Diretora.

Bia Kicis

Também acusada de participar da ocupação em ato coordenado e persistente. Ela defende que “não existem precedentes na Casa para punição de ocupação da Mesa” e que o ato é uma forma legítima de resistência.

Carlos Jordy

Além das acusações semelhantes às dos colegas, publicou: “Se o preço por lutar por liberdade, contra a tirania e por justiça às vítimas do 8 de janeiro for esse, estou disposto a enfrentar com coragem. Minha mãe não pariu um covarde!”.

Carol de Toni, Domingos Sávio, Luciano Zucco, Marco Feliciano e Sóstenes Cavalcante – Todos acusados por ocupação coordenada da Mesa Diretora, impedindo o funcionamento da Casa. Zucco declarou que a denúncia é tentativa de criminalizar a oposição e que a direita deve se manter unida. Já Sóstenes afirmou esperar uma análise equilibrada e que a bancada apresentará defesa pela absolvição: “Não há no Regimento Interno qualquer dispositivo que proíba o ato legítimo que realizamos”.

Nikolas Ferreira

Acusado de desafiar ordens para encerrar a ocupação, mesmo sob ameaça de ação da Polícia Legislativa, além de segurar a cadeira da presidência e se recusar a liberá-la. Também é acusado, por representação do PT, de simular uma agressão para gerar “narrativa de vitimização pública”.

Marcel van Hattem

Acusado de obstruir fisicamente os trabalhos ao ocupar um dos assentos da Mesa Diretora. O partido Novo defendeu o deputado, dizendo que “obstrução parlamentar é legítima e amplamente usada pela esquerda quando era oposição, sem qualquer punição”, e que Van Hattem está sendo alvo de perseguição política.

Zé Trovão

Acusado de bloquear fisicamente a subida de Hugo Motta à cadeira da presidência, usando o próprio corpo e perna para obstruir o acesso.

Marcos Pollon

Teria impedido a retomada dos trabalhos ao sentar-se na cadeira da presidência e ofendido Motta durante ato público em Campo Grande. Em vídeo nas redes sociais, disse ser autista e alegou não ter entendido a situação no momento.

Júlia Zanatta

Acusada de usar a filha bebê como “escudo” para impedir a retomada do plenário, expondo-a a situação de risco. A deputada afirma que levou a filha porque “ela está em idade de amamentação e depende de mim”. Rejeitou a acusação: “Não a levei como escudo, como acusam os seres mais asquerosos da nossa política”.

Paulo Bilynskyj

Teria sido um dos protagonistas da ocupação forçada e também é acusado de agredir o jornalista Guga Noblat, do ICL Notícias. Em nota, declarou: “Participei e continuarei participando de todos os movimentos necessários para pautar anistia, impeachment de Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado”.

Camila Jara

A única parlamentar de oposição na lista, foi acusada de agredir fisicamente Nikolas Ferreira após a desocupação da Mesa. Ela nega e, segundo o PT, “apenas se protegeu do empurra-empurra causado por deputados bolsonaristas”.

A representação ainda será analisada pela Corregedoria, que poderá recomendar arquivamento ou abertura de processo disciplinar no Conselho de Ética, onde os parlamentares podem ser advertidos, suspensos ou até cassados, caso fique comprovada a quebra de decoro. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Procuradoria-Geral da República denuncia casal da “máfia do Pix” que arrecadou R$ 1 milhão em acampamento bolsonarista
Governador de Goiás volta a prometer anistia a Bolsonaro e a condenados pelo 8 de Janeiro no 1º dia se virar presidente
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa News