Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 9 de outubro de 2025
A saída antecipada do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF) desencadeou uma disputa por sua sucessão, mobilizando diferentes forças políticas, incluindo integrantes do governo, a cúpula do Senado e ministros da própria Corte. A escolha do novo ministro é vista como estratégica, e a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá impactar tanto a dinâmica interna do STF quanto o cenário político nacional.
No governo e no PT, o nome mais forte é o do advogado-geral da União, Jorge Messias. Ele conta com amplo respaldo entre os petistas e também é bem avaliado por ministros próximos ao presidente. Messias já foi chefe de gabinete de Lula em seu mandato anterior e possui relação de confiança consolidada com o atual governo, fator que tem pesado nas indicações feitas por Lula ao Supremo, como nos casos de Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Por outro lado, há articulações relevantes no Senado em torno do nome do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele conta com apoio de lideranças importantes, como o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e é visto como um nome capaz de manter pontes com diferentes setores da política. Outro possível candidato é o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que também tem trânsito entre diversos grupos e já teve seu nome cogitado para o STF em ocasiões anteriores.
Nos bastidores, aliados do presidente avaliam que a saída antecipada de Barroso pode trazer instabilidade ao momento político, considerado favorável ao governo, além de interferir em planos eleitorais futuros, como a possível candidatura de Pacheco ao governo de Minas Gerais em 2026, uma aposta do próprio Lula.
Embora exista pressão para que a próxima indicação seja uma mulher, o governo entende que o critério de confiança continuará sendo decisivo. Até o momento, não há um nome feminino de consenso. (Com informações do colunista Guilherme Balza, do portal g1)