Terça-feira, 14 de Outubro de 2025

Home Porto Alegre Sambas e choros autorais embalam o segundo disco do músico porto-alegrense Mathias 7 Cordas

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Um dos principais nomes do samba e choro no Rio Grande do Sul, o músico, produtor e professor porto-alegrense Mathias 7 Cordas acaba de lançar nas plataformas digitais o seu segundo álbum, “Torre de Respiração”. São 12 faixas em parceria com Alexandre Susin e que evidenciam o lado autor do violista e cantor, que interpreta pela primeira vez em disco as suas próprias composições.

Acompanhando há quase duas décadas os mais diversos artistas da música popular brasileira, com destaque para nomes da chamada “velha guarda”, ele apresenta agora ao ouvinte sambas, valsas e canções criadas ao longo dos últimos anos. A inspiração são as grandes vozes da Era de Ouro do rádio no Brasil, influência presente em letras sobre amor e existência em contraste com o ritmo apressado da cidade.

O conceito de “Torre de Respiração” (título que remete à observação de uma chaminé de indústria carvoeira durante os tempos de guri) teve como ponto de partida o convite de Mathias ao pianista Fernando Leitzke e ao baterista e percussionista Rafael Toledo para a gravação de um novo trabalho, em esquema independente.

Com a palavra, o músico e sua amadurecida juventude, aos 37 anos: “O disco expõe minhas influências e experiências ao longo de quase duas décadas de trajetória, inclusive como acompanhador de ícones como a cantora Ângela Maria [1929-2018]”.

As faixas foram registradas em estúdio durante o auge da pandemia de coronavírus, cujas restrições de atividades acabaram contribuindo para um mergulho introspectivo que teve para Mathias um efeito adicional: a vontade de compartilhar um pouco de suas composições com a própria voz. O resultado foi uma seleção de sambas, choros, valsas e até um fox, criados nos últimos dez anos e que abrangem temáticas como a vida noturna, seus personagens e histórias.

Contribuição

Mathias tem licenciatura e pós-graduação em Música. Além de cantor e instrumentista, é produtor e idealizador de projetos como shows, festivais e oficinas, muitos dos quais contribuem para a memória e visibilidade de artistas veteranos da cena artística gaúcha. Não menos fundamental tem sido sua atuação como professor engajado na formação das gerações mais recentes de músicos de samba e choro no Rio Grande do Sul.

Dentre suas realizações mais relevantes estão a coordenação da Oficina de Choro de Porto Alegre e o projeto “MPB nas Escolas”, ambos em parceria com o Instituto Ling, ou ainda o Festival do Choro da Serra Gaúcha. Também dirigiu espetáculos “Lupi, o Musical” (2015) e “Estação Brasil”.

Lançou seu disco de estreia, “Falso Folião”, em 2017 – mesmo ano em que participou do Festival Internacional de Choro em Nova York (EUA). No ano seguinte, participou do Festival Latin Flute em Toronto (Canadá), assinou a direção musical do longa-metragem “Plauto, Um Sopro Musical”, cinebiografia do flautista gaúcho Plauto Cruz (1929-2017).

Em 2019 criou a Orquestra de Choro de Porto Alegre (OCPA) e assinou a curadoria de uma edição do projeto Unimúsica (UFRGS) dedicado ao samba-choro. Essa incansável atividade de produtor musical rendeu a ele, aliás, o Prêmio Açorianos da categoria em 2020.

Como violonista acompanhante, atuou ao lado de artistas como Ângela Maria, Luciana Rabello, Jorginho do Pandeiro, Pedro Miranda, João de Almeida Neto, Roberta Sá, Nina Wirtti, Grazie Wirtti, Luís Barcelos, Ronaldo do Bandolim. A carreira de Mathias 7 Cordas pode ser acompanhada por meio das redes sociais.

(Marcello Campos)

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