Domingo, 14 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de dezembro de 2025
Um estudo aponta que São Paulo é a oitava cidade mais estressante do mundo. No topo do ranking aparece Nova York, nos Estados Unidos, seguida por Dublin, na Irlanda. A Cidade do México ocupa a terceira posição. Veja a lista das 10 mais estressantes:
* Nova York (EUA): 7,56;
* Dublin (Irlanda): 7,55;
* Cidade do México (México): 7,38;
* Manila (Filipinas): 7,34;
* Londres (Reino Unido): 7,25;
* Milão (Itália): 7,25;
* Atenas (Grécia): 7,23;
* São Paulo (Brasil): 7,14;
* Turim (Itália): 6,90;
* Kolkata (Índia): 6,89.
Segundo a Remitly, empresa norte-americana de serviços financeiros, , foram coletados dados de 170 cidades, consideradas grandes centros urbanos, em outubro deste ano. Esses centros foram selecionados a partir da disponibilidade de informações nos bancos de dados da TomTom, responsável por um relatório global que analisa o trânsito, e outras fontes internacionais, incluindo Universidade Cornell, Macrotendências, Fundação para Pesquisa sobre Igualdade de Oportunidades, Biblioteca Nacional de Medicina e CEO World.
A classificação final combinou cinco fatores para definir a pontuação geral de estresse. Foram esses:
* Tempo médio para percorrer 10 km;
* Índice de custo de vida, que avalia preços de itens essenciais sem incluir moradia, segundo o Numbeo (base de dados mundial sobre cidades e países);
* Índice de saúde, que mede acessibilidade e qualidade do sistema de saúde, também via Numbeo (base de dados mundial sobre cidades e países);
* Índice de criminalidade, baseado na percepção global de segurança, do Numbeo (base de dados mundial sobre cidades e países);
* Poluição média anual, medida em µg/m³ e obtida no IQAir, empresa suíça de tecnologia focada em qualidade do ar.
Cada fator recebeu uma pontuação, que deu origem a um índice final entre 0 e 10. Então, quanto mais próximo de 10, mais estressante é a cidade.
O estudo apontou também que os motivos que elevam o estresse variam: na América Latina, incluindo Cidade do México e São Paulo, questões de segurança têm grande peso. Já na Europa e na América do Norte, o custo de vida aparece como o principal fator.
“A perspectiva de cada indivíduo sobre o estresse será diferente. Esta é apenas uma visão de como viver em diferentes lugares do mundo pode influenciar o estresse com base em fatores financeiros, ambientais e de saúde”, informou a empresa na divulgação do estudo.
Nova York lidera o ranking global, com índice de estresse de 7,56. Segundo o relatório, a combinação de congestionamento, criminalidade elevada e altos níveis de poluição coloca a metrópole americana no topo da lista.
Um estudo da Universidade Cornell mostra que o aumento dos gastos cotidianos é a maior preocupação dos moradores. Apesar do bom sistema de saúde e do ar mais limpo, a pressão financeira segue intensa.
Logo atrás aparece Dublin (7,55), que enfrenta longos deslocamentos, 32 minutos por 10 km, e dificuldades de acesso à habitação, com preços que superam os rendimentos. A capital irlandesa registra índice de poluição de 6,6 µg/m³.
Em terceiro lugar está a Cidade do México (7,38), onde moradores levam quase 32 minutos para percorrer 10 km e enfrentam um dos índices de criminalidade mais altos do ranking. A falta de segurança e o congestionamento afetam diretamente o estresse da população.
Cidades menos estressantes
Na outra ponta do ranking, Eindhoven (nos Países Baixos) foi classificada como a cidade menos estressante do mundo, com pontuação de 2,34.
Os moradores levam menos de 15 minutos para percorrer 10 km, contam com fortes serviços públicos e um sistema de saúde de alta qualidade — o país ocupa o 4º lugar no Índice Mundial de Inovação em Saúde de 2024.
Utrecht (2,67), também nos Países Baixos, aparece em segundo lugar. A cidade tem baixo índice de criminalidade e bons indicadores de saúde, além de poluição significativamente menor que metrópoles como Calcutá ou Manila.
Canberra (2,80), na Austrália, completa o top 3, com deslocamentos curtos, ar limpo — médio anual de 3,9 µg/m³ em 2024 — e custo de vida mais baixo que o das cidades holandesas. Porém, índices de criminalidade mais altos e assistência médica menos robusta impedem que a capital australiana lidere o ranking.
Segundo a Remitly, essas cidades demonstram que “um ritmo de vida mais tranquilo é possível”, especialmente onde há infraestrutura sólida, boa saúde pública e custo de vida equilibrado.