Home Rio Grande do Sul Secretaria da Saúde do RS monitora quem teve contato com animais infectados por gripe aviária

Equipes da Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul realizaram um levantamento completo de indivíduos que tiveram contato com animais infectados ou mortos por gripe aviária. Trata-de se uma das medidas adotadas desde a confirmação, no dia 16, de casos da doença em granja de Montenegro (Vale do Caí) e no Zoológico de Sapucaia do Sul (Região Metropolitana de Porto Alegre).

Conforme o Plano de Contingência do Estado para IAAP em humanos (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade), quem sofreu esse tipo de exposição deve ser acompanhado no que diz respeito ao surgimento de possíveis sintomas, por um período de até dez dias após o mais recente contato com os animais.

Para que um caso humano seja oficialmente considerado suspeito é necessário que haja, simultaneamente, duas evidências. Uma é a clínica (sintomas), enquanto a outra é epidemiológica (presença de casos em determinada região).

A estratégia, nesse aspecto, teve como alvo trabalhadores e funcionários de ambos os estabelecimentos. Até esse fim de semana, apresentaram sintomas gripais (de vírus influenza humano) apenas dois funcionários da propriedade rural e três da unidade de conservação e exposição de animais. Todos tiveram contato com aves doentes e foram, por precaução, submetidos a isolamento domiciliar.

As coletas de amostra foram realizadas no mesmo dia da notificação dos casos e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Rio Grande do Sul, que enviou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RS), no Rio de Janeiro (RJ), laboratório de referência nacional para vírus respiratórios. Os cinco casos foram descartados para Influenza H5N1.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforça que o risco de infecção por gripe aviária é considerado baixo em humanos. Seu índice de transmissão também é tido como extremamente limitado entre pessoas.

Segunda rodada de vistorias

A segunda visita às propriedades rurais situadas em um raio de 10 quilômetros do foco de gripe aviária em Montenegro foram iniciadas no sábado (24) e prosseguiu no domingo. Fiscais estaduais agropecuários e técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) visitaram 156 dos 255 endereços que englobam essa etapa. Também são mantidas quatro barreiras sanitárias, 24 horas por dia.

A influenza aviária, ou gripe aviária, é uma doença viral que afeta principalmente aves, mas também pode infectar mamíferos, inclusive o ser humano. A transmissão acontece pelo contato com aves doentes e também por meio da água e de materiais contaminados.

O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS) reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, já que a doença não é transmitida por meio do consumo. Assim, não há nenhuma restrição nesse sentido.

Todas as suspeitas da doença – que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves – devem ser notificadas imediatamente à Seapi, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo whatsapp: o número é (51) 98445-2033.

(Marcello Campos)