Sábado, 07 de Junho de 2025

Home Política Senador Mourão rebate apuração do Supremo e diz que foi testemunha por gentileza a Bolsonaro

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O ex-vice-presidente da República e atual senador pelo Rio Grande do Sul Hamilton Mourão (Republicanos-RS) negou qualquer irregularidade em seu depoimento como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, atualmente em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita na última terça-feira (4), por meio de um comunicado oficial enviado à imprensa. Mourão afirmou que agiu dentro da legalidade e que sua conduta foi transparente durante todo o processo.

A manifestação do senador ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, determinar que Mourão preste novos esclarecimentos. A decisão foi tomada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), com base em uma representação apresentada pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT (partido do presidente Lula) na Câmara. “Tenho a esclarecer que nada de irregular ou ilegal ocorreu”, afirmou Mourão, ao se posicionar sobre o episódio e tentar esclarecer os motivos de sua participação no processo.

Segundo o próprio senador, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro quem entrou em contato com ele dias antes da audiência, com o objetivo de convidá-lo a testemunhar em sua defesa. “Esclareceu que fazia esse contato tendo em vista que — de maneira excepcional — o ministro relator do processo não iria expedir intimações às testemunhas indicadas pelas defesas, cabendo a estas, então, contatá-las e pedir a gentileza de prestarem depoimento”, relatou Mourão no comunicado.

O senador explicou ainda que sua conversa com Bolsonaro se restringiu ao convite para depor e a uma breve troca de palavras sobre a saúde do ex-presidente. “Concordei com o pedido do ex-presidente, e passei a perguntar-lhe sobre seu estado de saúde, visto que se recuperava de recente cirurgia”, detalhou Mourão. Ele reforçou que não houve qualquer articulação política ou tentativa de influenciar o conteúdo do depoimento, mantendo-se apenas no campo institucional e pessoal.

Além disso, Mourão fez questão de frisar que sua fala no depoimento foi livre de interferência externa e que refletiu unicamente sua percepção dos fatos. “Em momento algum fui constrangido, ameaçado ou recebi alguma insinuação que pudesse, de alguma forma, influenciar meu depoimento que, registro, foi a expressão da verdade em cada palavra, ratificando-o integralmente”, concluiu o senador.

O caso segue em análise no STF, e os desdobramentos dependerão dos próximos passos da investigação conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, com acompanhamento da PGR. (Com informações do Correio Braziliense)

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