Sexta-feira, 30 de Maio de 2025

Home Política Senador que bateu boca com Marina Silva já falou em enforcar a ministra; saiba quem é ele

Compartilhe esta notícia:

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), que afirmou na última terça-feira (27) que a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, não merecia ser respeitada pelo cargo que ocupa, já falou em outra ocasião, em março, sobre ter “vontade de enforcá-la”.

A fala ocorreu durante um evento da Fecomércio no Estado do Amazona no início daquele mês. Falando sobre a presença da ministra na sessão da CPI das ONGs, o senador questionou: “Imagina vocês o que é ficar com a Marina seis horas e dez minutos sem ter vontade de enforcá-la?”.

No dia seguinte, deputadas do PT, PDT, Podemos, PSD, União Brasil, PSOL, Solidariedade, PCdoB e PSB denunciaram o senador ao Conselho de Ética do Senado. Valério, em defesa própria, disse que a fala se tratou de “brincadeira”, e que ele não é machista, pois já foi casado duas vezes, tem três filhas, uma enteada, seis netas e três irmãs.

Plínio Valério foi eleito senador do Amazonas em 2019 e, atualmente, é líder do PSDB na Casa. Ele já havia ocupado os cargos de vereador e de deputado federal pelo Estado. Entre as principais bandeiras do parlamentar estão a pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. A rodovia é alvo de embate entre senadores e ambientalistas.

Na sessão de terça, Marina relembrou, diversas vezes, que o senador afirmou em outra ocasião que “queria enforcá-la”, e rebateu perguntando se fosse o contrário, ou seja, se ela afirmasse que não o respeita, como o senador reagiria.

O entreveiro começou logo no início da fala de Valério, que disse que “a mulher Marina merecia respeito, a ministra não”. Segundo o parlamentar, ele teria feito a diferenciação para não ser acusado de ter algo contra as mulheres.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), pediu questão de ordem para afirmar que a declaração de Valério não é cabível num ambiente institucional. “Se não houver respeito do senador, eu vou pedir que a ministra se retire, por falta de respeito”, disse.

Marina, então, disse que foi convidada para a audiência pública pelo cargo que ocupa, e não por ser mulher, e por isso merecia respeito. Condicionou sua permanência na sessão exigindo um pedido de desculpas do senador, que veio com uma negativa, o que a fez se retirar da Comissão de Infraestrutura.

A ministra reagiu imediatamente, cobrando um pedido de desculpas. “Como eu fui convidada como ministra, ou ele me pede desculpas ou eu vou me retirar. Se, como ministra, ele não me respeita, vou me retirar”, disse Marina. Diante da recusa do parlamentar em se retratar, ela deixou a sessão.

Após o caso, Marina recebeu mensagens de apoio de diversos parlamentares, de ministros, da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e uma ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que ela agiu corretamente ao se retirar da sala da Comissão.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Mais de 4 mil veículos são desinfetados em barreiras sanitárias contra gripe aviária no Rio Grande do Sul
O Supremo segue ouvindo até 2 de junho testemunhas da ação penal contra o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Tarde